Não houve a preocupação sectária de abafar um protesto surpresa de jovens trabalhadores da cultura, quando se procediam aos agradecimentos e à divulgação da lista de adesões. Que sempre são tão sensíveis num país de coleciona abaixo-assinados.
“En avril, a Paris”: emblemática canção de Trenet sobre Paris na primavera, desde domingo, 24, mais bela, livre e florida que nunca. Vive la France!
BOM DIA!!!
(Vitor Hugo Soares)
Não houve a preocupação sectária de abafar um protesto surpresa de jovens trabalhadores da cultura, quando se procediam aos agradecimentos e à divulgação da lista de adesões. Que sempre são tão sensíveis num país de coleciona abaixo-assinados.
Depois da formalidade solene da cerimónia na Assembleia da República durante a manhã, o 25 de Abril voltou ao lugar onde nasceu, a rua. Foram milhares os que desceram a Avenida da Liberdade, em Lisboa, e desaguaram no Rossio para uma sessão de canto livre, proclamações e agradecimentos. É bem verdade que não há manifestação como esta.
Pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (25/4) aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda lidera as intenções de voto, mas mostra que o presidente Jair Bolsonaro (PL) reduziu a diferença ao longo do último mês.
Segundo o levantamento, a diferença entre os dois pré-candidatos que lideram a pesquisa diminuiu de 14 para 9 pontos percentuais no primeiro turno, e de 19 para 15 pontos na simulação do segundo turno. Além disso, os dados apontam que houve um esvaziamento dos votos da terceira via: de 24% em março para 17% em abril.
Lula lidera com 41% das intenções, seguido de Bolsonaro, com 32% — no cenário principal, com 12 pré-candidatos no total. Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro lugar, com 9%, seguidos de João Doria (PSDB) e André Janones (Avante), com 3%; Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU), com 1%. José Maria Eymael (Democracia Cristã), Felipe D’Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Luciano Bivar (União Brasil) e Leonardo Péricles (UP) não pontuaram.
“O cenário é de total polarização entre o ex e o atual presidente”, afirma o relatório. O documento revela ainda que “os brasileiros seguem preocupados com a economia, principalmente em relação ao cenário inflacionário e ao endividamento”.
Moro deixou aberta a possibilidade de ter um papel restrito aos bastidores da política. Então terceiro colocado nas pesquisas para a Presidência da República, empatado com Ciro Gomes (PDT), ele havia desembarcado no União Brasil, no fim de março, com discurso de candidato, mas foi logo reprimido pelos novos correligionários. Uma ala da sigla chegou a emitir nota descartando qualquer chance de permitir que Moro disputasse o Planalto.
O União Brasil indicou o presidente da sigla, Luciano Bivar, como o nome do partido para a disputa presidencial. O partido negocia com o PSDB, cujo pré-candidato oficial é João Doria, e com o MDB, de Simone Tebet, uma candidatura única, a ser anunciada no dia 8 de maio.
Ao participar de sabatina no UOL nesta segunda-feira (25/4), Sergio Moro preferiu não opinar sobre a pré-candidatura de Luciano Bivar e afirmou somente que a decisão precisa ser respeitada. O ex-juiz ainda disse que tem se qualificado no processo como soldado da democracia.
“O partido escolheu o Luciano Bivar como pré-candidato da República, e essa decisão tem que ser respeitada”, resumiu.