HOME   |  ARTIGOS POR AUTOR   |  EQUIPE   |  “Estate” ,Louis van Dijk Trio: Bossa Nova e jazz na tarde do BP com a ardência do calor que faz na Cidade da Bahia   |     |  “Eu e a Brisa” e “Ilusão à toa”, Quarteto em Cy: na medida certa para a tarde de junho no BP   |  FALE CONOSCO   |  QUERO ANUNCIAR
Buscar:   
  • Comentários recentes

    • Maria Aparecida Torneros em “Orange Colored Sky”, Nat King Cole: céu alaranjado da canção e a a melodiosa voz de Cole na quarta-feira no BP
    • Marco Lino em 8 anos da partida de Ivan de Carvalho: a Bahia sente o vazio e a saudade de uma de suas referências maiores e melhores no jornalismo
    • vitor em 8 anos da partida de Ivan de Carvalho: a Bahia sente o vazio e a saudade de uma de suas referências maiores e melhores no jornalismo
    • Maria Aparecida Torneros em “Dear Lonely Hearts”, Nat King Cole: voz e canção em harmoniosa e bela sintonia na sexta-feira no BP
    • Marco Lino em 8 anos da partida de Ivan de Carvalho: a Bahia sente o vazio e a saudade de uma de suas referências maiores e melhores no jornalismo
abr
23
Postado em 23-04-2022
Eleições gerais 2o22: Apertem o cinto que a sociedade sumiu da campanha
Arquivado em (Artigos) por vitor em 23-04-2022 00:13
O aconselhamento de Moro | VEJA
 Pastore: a sociedade não deve fica a
reboque no debate presidencial.

ARTIGO DA SEMANA

Ulysses e Pastore: Apertem os cintos, a sociedade sumiu

Vitor Hugo Soares

Mal (ou bem?) comparando, assemelha-se à comédia nonsense “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”, – sucesso mundial de bilheteria dos Anos 80-, a atitude inesperada do economista Affonso Celso Pastore, ante a brusca retirada da candidatura do ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, à presidência da República, pelo centro democrático ou Terceira Via. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o ex-presidente do Banco Central disponibilizou  “a quem tiver interesse em discutir idéias”, o documento por ele elaborado para a campanha do ex-magistrado. Olhando melhor, no momento político que o país atravessa, lembra também o ex-presidente da Câmara, Ulysses Guimarães, guia maior da resistência democrática, ao apelar, em seu tempo, pela mobilização e participação da sociedade nos debates e lutas sobre os rumos e o destino erráticos do país na ditadura. Em atos e fatos históricos e discursos memoráveis, conclamava Ulysses: “Todos os nossos problemas procedem da injustiça. O privilégio foi o estigma deixado pelas circunstâncias do povoamento e da colonização, e de sua perversidade não nos livraremos, sem a mobilização da consciência nacional”.

Décadas depois, nesta tempestuosa semana de abril, de choques e provocações políticas e institucionais,  Pastore fala, no Estadão, sobre a vital necessidade da mobilização social – na campanha eleitoral , em torno de prioridades nacionais: combate à inflação, à violência, ao empobrecimento de faixas cada vez maiores de brasileiros, das desigualdades, defesa do meio ambiente e questões de princípios. À exemplo de outro lema caro ao Senhor Constituição de 1988:  “não roubar, não deixar roubar e botar na cadeia quem roube”.

O ex-presidente do BC acrescentou: o documento “Desenvolvimento inclusivo, sustentável e ético”, com propostas econômicas que elaborou para a campanha do ex-ministro da Justiça, está agora “à disposição de quem quiser discutir projetos e ideias” ,  algo essencial em uma disputa política e eleitoral com tendência à polarização em torno do surrado binômio “direita” (Bolsonaro) x “esquerda” (Lula).
Na conversa jornalística, o professor de Economia da USP e da FGV, condutor do BC entre 1983 e 1985, (final da ditadura) afirmou que a sociedade mobilizada moverá e influenciará os políticos. Hoje, segundo Pastore, temos, infelizmente, um orçamento do governo capturado pelo Centrão, “e está todo mundo olhando isso e assobiando”. Diante deste quadro, “ou a sociedade se mobiliza ou ela vai ficar a reboque da polarização”, .

Em outro ponto, da entrevista, Pastore aponta as duas posições possíveis: A primeira seria apostar no cavalo vencedor. “A segunda é a sociedade civil descobrir que, nesses dois extremos, o País está empacado. Se a sociedade quiser viver num país civilizado, que melhore a distribuição de renda e cresça, ela tem de influenciar os políticos”.
No vôo cego e sem piloto – quando se prega e se pratica a desmobilização e o calar a voz da sociedade – somado ao esquecimento por 5, 50 ou 100 anos, de sujeira e graves suspeitas  atuais,  postas debaixo do tapete do poder – recorramos à Ulysses, timoneiro de passadas travessias: “Não é exclusivamente na Dinamarca, em qualquer reino sempre há algo de podre. Rematada insânia tornar impublicáveis lacunas, faltas, ou crimes, pois contamina de responsabilidade o governante que a tolera”. Que a sociedade apareça e cobre.  

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h.@uol.com.br

Be Sociable, Share!
  • Tweet
(0) Comentários   
Read More
Deixe um comentário
Name:
Email:
Website:
Comments:

  • Assuntos

    • Artigos
    • Charges
    • Curiosidades
    • Editorial
    • Crônica
    • Entrevistas
    • Eventuais
    • Frase do Dia
    • História
    • Multimídia
    • Municípios
    • Newsletter
    • Poesia
  • Autores

    • Aparecida
    • Chico Bruno
    • Claudio
    • Gilson
    • Grazzi
    • Ivan
    • Janio
    • Laura
    • Olivia
    • Regina
    • Rosane
    • Vitor
  • Arquivos

  • Abril 2022
    S T Q Q S S D
    « mar   maio »
     123
    45678910
    11121314151617
    18192021222324
    252627282930  
Designed by : AskGraphics.com