
- DO SITE O ANTAGONISTA
ARTIGO DA SEMANA
Ê, Bahia: Bolsonaro ataca Rui (PT) e ACM Neto (UB) de R-2 (Roma)
Vitor Hugo Soares
Observo na Tribuna da Bahia, em dois títulos de impacto local e nacional, sinais do ocaso do governo do PT e do pacto de poder que há quase 16 anos reina no estado, causado por erros e desacertos acumulados nos arranjos e novas alianças para a sucessão do governador Rui Costa nas eleições de outubro. Somados à velozes mudanças de rumos dos ventos que se apresentam no horizonte da “terra de todos os santos e de quase todos pecados”, no dizer do cronista Nelson Gallo. No primeiro, “Leão rompe com o governo e busca novo caminho”, manchete de capa, dia 15, – véspera da chegada do presidente da República, Jair Bolsonaro em jornada típica de campanha eleitoral, incluindo ida à sede das Obras Sociais Irmã Dulce, a santa dos pobres da Bahia, no bairro de Roma. Na chegada, a saia justa quando i visitante foi perguntado, por um curioso, no melhor estilo baianês: “Cadê a máscara, véi?”
No segundo, o aviso: “João Roma acompanha o presidente Bolsonaro em visita a Salvador nesta quarta-feira (16)”. O ministro da Cidadania foi atração à parte durante a visita. Nome do capitão para o Palácio de Ondina, ex “amigo-irmão” de ACM Neto e atual inimigo figadal do secretário geral do União Brasil, disparado, desde o início, nas pesquisas para futuro governador . Roma foi alvo das maiores atenções do “mito”, de seus sinais de mando e contatos públicos. O chefe reforçou a candidatura do ministro ao governo estadual e, em entrevista, colocou a cereja no bolo:
“É lógico que ele (Roma) terá meu apoio. Eu sou capitão do Exército, ele é tenente da Reserva de R2 Setor R da artilharia”, disse Bolsonaro, em linguagem de caserna, e ato marqueteiro, de certo ensaiado pelo filho Carlos, no comando da propaganda da reeleição, mesmo com o ministro Alexandre Moraes (STF-TSE) nos calcanhares, para descobrir o que efetivamente o vereador do Rio foi fazer na Rússia, na comitiva oficial do pai. Mas isto é outra história.
Bolsonaro foi além, na terra da Santa Dulce. “Caso eu seja reeleito e tudo der certo para a eleição de Roma, isso significaria uma melhor interação do governo federal com a Bahia”, disse. E aproveitou para, ao seu modo, dar resposta a quem lhe cobrou o cumprimento das normas sanitárias locais, na sua chegada, depois da fazer críticas às medidas de controle da Covid 19 do governo de Rui e da prefeitura de Salvador, então sob comando de Neto. Anunciou que pretende alterar, até dia 31 de março, o status da pandemia no Brasil para endemia. “E os baianos vão ficar livres da máscara”, disse o candidato (PL) a continuar no Palácio do Planalto.
Ressalte-se ainda: o vice -governador João Leão (PP) que um dia antes formalizara sua saída do governo, em documento a Rui Costa, entregando todos os cargos de 1º escalão do PP na gestão petista (incluindo o dele, no Planejamento). Leão comunicou ao governador, que se sentia “livre para procurar novo rumo”. Abrindo fendas no governo petista que, diante dos choques internos, decidiu lançar o neófito militante de Feira de Santana, Jerônimo Rodrigues, para disputar com ACM Neto (e Roma). Na sexta-feira, o vice Leão aparecia em foto na TB, abraçado com ACM Neto, no anúncio da nova aliança com o PP, na qual Leão é candidato a senador. Ê, Bahia! E tem gente que não entendeu o foguetório, nos terreiros da oposição pós- visita de Bolsonaro. “ Sabe nada, inocente!”… ironiza o soteropolitano gaiato.
Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol. com.br
“Dunas”, Rosa Passos: mês de março e fim de verão em Salvador na linda canção de Rosa, na despedida do verão para a chegada do outono no hemisfério norte. Do álbum Festa. Vai dedicada à prima e colega Ana Vieira que conhece e ama as canções de Rosa.
BOM DIA!!!
(Vitor Hugo Soares)
Cukier, que deixou o Novo e se filiou nesta sexta-feira (18) ao Podemos, mesmo partido de Moro, admitiu prestar uma “assessoria informal” ao ex-juiz.
Pré-candidato ao Senado, o deputado foi convidado a embarcar neste domingo (20) para a Alemanha, acompanhando o presidenciável em reuniões com políticos e empresários.
DO CORREIO BRAZILIENSE
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou, nesta sexta-feira (18/3), o bloqueio do aplicativo Telegram. As plataformas digitais e provedores de internet devem adotar mecanismos para inviabilizar a utilização da rede no país. As empresas estão sendo notificadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Na decisão, Moraes afirmou que a plataforma “tem sido utilizada em outras situações como meio seguro para prática de crimes graves”.
A decisão de Moraes atende a um pedido da Polícia Federal e ocorre após o Telegram não atender a decisões judiciais para bloqueio de perfis apontados como disseminadores de informações falsas, entre eles o do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.
Segundo a PF, “o aplicativo Telegram é notoriamente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países, inclusive colocando essa atitude não colaborativa como uma vantagem em relação a outros aplicativos de comunicação, o que o torna um terreno livre para proliferação de diversos conteúdos, inclusive com repercussão na área criminal”.
Moraes determinou que sejam adotadas as seguintes medidas:
No mês passado, o aplicativo Telegram derrubou as contas indicadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O magistrado determinou a suspensão sob pena de multa e bloqueio do aplicativo no Brasil. A decisão atingiu os três perfis do blogueiro Allan dos Santos. No entanto, o bolsonarista voltou a criar outras contas.
Alexandre de Moraes é relator do inquérito sobre as milícias digitais na Corte e ainda fixou multa diária no valor de R$ 100 mil por perfil indicado e não bloqueado pela empresa dentro do prazo fixado.
A plataforma Telegram, nascida na Rússia, e sediada em Dubai, nos Emirados Árabes, ainda está longe do gigante WhatsApp. No entanto, seu crescimento tem causado dor de cabeça para as autoridades brasileiras que temem a inundação de fake news, principalmente durante o período eleitoral. A Justiça também tem dificuldade de lidar com a empresa, que não possui representação no Brasil.
Atualmente, o aplicativo está instalado em 53% dos smartphones no país, taxa que era de apenas 15% em 2018, segundo levantamento site MobileTime em parceria com a empresa de pesquisas on-line Opinion Box. A rede permite conjuntos com 200 mil pessoas, além de compartilhamento irrestrito.