Coroada Miss Grand Ucrânia em 2015, Anastasiia Lenna trocou as passarelas pelo campo de batalha contra os ataques da Rússia ao seu país.
“Todos aqueles que cruzarem as fronteiras da Ucrânia com intenção de invadir serão mortos!”, avisou numa história do Instagram, onde reúne mais de 105 mil seguidores. Na mesma rede social, a modelo e especialista em marketing, de 31 anos, tem apelado à união dos seus compatriotas e à ajuda de todos, a vários níveis. Também se mostrou fardada e de arma na mão, mostrando estar com a resistência ucraniana, a treinar tiro. “Um grande e verdadeiro líder” é como descreve o presidente Volodymyr Zelensky.
Em imagens divulgadas nos últimos dias sobre o que se tem vivido em Kiev, Anastasiia aparece entre soldados, no meio de edifícios destruídos por um míssil. Antes de apostar nos concursos de beleza, a Miss Ucrânia já tinha estado no exército. Fluente em cinco idiomas, trabalha também como tradutora e, perante a investida bélica russa, uniu-se a um grupo de civis, entre eles vários artistas, para lutar contra o inimigo e defender a capital, Kiev.
“É uma situação que só vemos em filme, e que, de repente, acontece com a gente”, desabafa o atleta
JA
Jéssica Andrade
O Jogador Bill, que estava na Ucrância, chegou ao Brasil neste domingo – (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
O brasileiro Fabrício Rodrigues da Silva Ferreira, mais conhecido como Bill, chegou ao Brasil após sair da Ucrânia. O atleta desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (27/02). Ele estava no país europeu há um ano e dois meses, para jogar no Dnipro, time de futebol do país.
“É uma situação que só vemos em filme, e que, de repente, acontece com a gente”, desabafa Fabrício ao contar que ficou muito aliviado ao chegar na Romênia, país que compartilha uma fronteira de aproximadamente 650 quilômetros com o território ucraniano.
“Quando a gente chegou do outro lado, vimos pessoas da Romênia recebendo refugiados, então ficamos tranquilos”. Bill estava há cerca de um mês treinando na Turquia para a pré-temporada quando retornou à Ucrânia em 23 de fevereiro. E, na manhã do dia seguinte, as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.
Para se proteger, o jogador e seus familiares foram para uma região mais afastada da cidade. “Saímos do centro, pois pediram para ficarmos longe de bases militares, onde é o foco dos russos”, afirma.
O clube alojou os atletas em um hotel, e, no dia seguinte, em 26 de fevereiro, Bill decidiu ir para a fronteira da Ucrânia com a Romênia. “[Sair] é uma escolha nossa, ninguém vai nos ajudar”. O jogador concedeu entrevista ao portal Uol.
Uma história para contar
Quando o atacante aceitou o convite para jogar na Ucrânia, ele disse que iria para o leste europeu para ter uma grande história a contar aos filhos. Mas jamais poderia imaginar que essa grande história incluiria percorrer mais de 1.000 km em um país tomado pela guerra e pela destruição.
“É muito difícil ver o povo ucraniano sofrendo. Você ver as pessoas que moram no país, que são do país e que não podem fazer nada para sair e salvar suas famílias. Os homens, os chefes de família, deixando as suas filhas, esposas e mães e tendo que voltar sem saber para onde ir. Isso para mim foi o mais chocante. Essa foi a cena mais chocante da minha vida”, refletiu.
Sonho destruído pela guerra
Nos últimos 15 anos, a Ucrânia tem sido o destino de muitos jogadores brasileiros. Os clubes do país são conhecidos por pagar bons salários e em dia. Podem, também, ser porta de entrada para importantes clubes na Europa.
Cerca de 30 jogadores brasileiros atuam na primeira divisão do futebol ucraniano. Considerando as duas primeiras divisões, o número de atletas brasileiros que atuam no país sobe para 40. Bill foi um dos primeiros a voltar para o Brasil.
Dida sofreu um AVC em 10 de fevereiro e teve morte cerebral decretada na sexta (25/2). Velório será das 8h às 10h, na capela 7 do Campo da Esperança, no DF
CB
Correio Braziliense
(crédito: Arquivo Pessoal)
Amigos e familiares se despedem do fotógrafo Dida Sampaio, nesta segunda-feira (28/2), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. A cerimônia de despedida será das 8h às 10h30, na capela 7.
Os parentes de Dida sugerem que as pessoas compareçam de branco, uma forma de “homenagear o homem que espalhou luz e esperança no exercício da vida e da profissão”.
O fotojornalista teve a morte cerebral decretada na sexta-feira (25/2). Em 10 de fevereiro ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele deixa a esposa Ana e três filhos.
Consagrado
Os registros do profissional rodaram o mundo e ganharam prêmios importantes da América Latina. Os registros dele foram reconhecidos pelo Prêmio Exxonmobil de Fotografia; Prêmio Esso de Jornalismo, na categoria Regional Sudeste, o Vladimir Herzog e o Direitos Humanos de Jornalismo, Esso de Fotografia. O jornalista terminou a carreira atuando no jornal O Estado de S. Paulo.
Se realmente quiser derrubar Vladimir Putin, o ditador russo que está tocando o terror na Ucrânia, o Ocidente terá de pegar os oligarcas corruptos que lhe dão suporte. Isso passa por bloquear todo dinheiro e patrimônio que esses corruptos têm no exterior.
Segundo o economista Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia em 2008, estima-se, com dados de 2015 levantados pela Novokmet, que a riqueza estrangeira oculta dos russos ricos correspondia, naquele ano, a cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia. Isso quer dizer que os oligarcas, incluindo Putin, têm, a valores de hoje, US$ 1,3 trilhão escondidos.
Krugman diz que o patrimônio oculto dos corruptos russos é de conhecimento de autoridades do Ocidente e de todo o mercado financeiro, que facilita a lavagem de dinheiro. Bloquear esses recursos, portanto, significa atingir em cheio o coração do sistema corrompido que dá sustentação a Putin.
Resta saber, de acordo com Krugman, em artigo publicado no The New York Times, se os governos ocidentais estão realmente dispostos a jogar os holofotes sobre esse mercado que acoberta as ilegalidades cometidas pela oligarquia russa. Como ele bem diz, os russos podem ser campeões nesse crime, mas não são os únicos.
“Sonhei que estava em Pernambuco, Antônio Nóbrega:um frevo de sonho com o carnaval na empolgante interpretação de Nóbrega com acompanhamento de orquestra pernambucana de frevo de arrepiar, como nos meus primeiros carnavais do começo da juventude feliz entre Petrolina(PE) e Juazeio, bastando atravessar a ponte para brincar de verdade o carnaval” em uma ou outra cidade na beira do São Francisco, o rio da minha aldeia. Confira.
Público no mundo de cultura árabe e islâmica se incomoda com a pouca atenção dada às suas guerras
Diogo Bercito
?A invasão da Rússia na Ucrânia tem causado reações contraditórias no mundo de cultura árabe e islâmica. Por um lado, abundam as demonstrações de solidariedade diante da destruição e da morte causadas pelo exército do presidente russo Vladimir Putin. Por outro, moradores de países como a Síria – que vivem guerras cruentas há anos, inclusive com ataques russos a alvos civis – se perguntam por que é que o drama ucraniano emociona mais do que o deles, no exterior. Nas entrelinhas, dizem: nossas vidas valem tão pouco?
Essa angústia ficou evidente na manhã deste sábado (26), quando começou a circular um vídeo do correspondente Charlie D’Agata, da rede americana CBS. Cobrindo a guerra na Ucrânia, ele afirmou ao vivo que a situação era particularmente problemática porque Kiev é uma cidade “relativamente civilizada, relativamente europeia” – ao contrário, disse, de lugares como o Iraque e o Afeganistão. Eis a frase:
Esse não é um lugar – digo com todo o respeito – como o Iraque e o Afeganistão, que viram conflitos por décadas. Esta é uma cidade relativamente civilizada, relativamente europeia… Tenho que escolher essas palavras com cuidado. Você não esperaria que isso acontecesse, ou torceria para que não acontecesse…
Artistas sírios pintam um mural em uma cidade insurgente, na Síria, em protesto à invasão da Ucrânia. – Omar Haj Kadour/AFP
Não é que ignorem o imenso risco trazido pelas ações russas na Ucrânia. Como disse à Folha o historiador britânico Jeremy Black, “a Rússia tem a capacidade de transformar um conflito regional em uma guerra de grande escala”. Além disso, “como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a Rússia tem o poder de destruir a arquitetura das relações internacionais”, afirmou. Dito isso, as palavras usadas para se referir a outros países e povos – estes são civilizados, aqueles não – contribuem à desumanização deles. A desumanização, por sua vez, barateia a vida de quem é tido como menor, como inferior.
Essa desumanização ajuda a entender as primeiras reações europeias quanto aos refugiados ucranianos que devem começar a chegar. Alguns líderes já se mostraram favoráveis à entrada de ucranianos – mas, no passado, eles tinham recusado os sírios, os iraquianos e os afegãos.
José Carlos Sanches: ator teve corpo encontrado 4 dias depois.
DO CORREIO BRAZILIENSE
O ator de 67 anos já estava morto há quatro dias quando foi encontrado
CB
Correio Braziliense
(crédito: Reprodução/Instagram)
Na última sexta-feira (26/2), o ator José Carlos Sanches, de 67 anos, foi encontrado morto em seu apartamento, no Rio de Janeiro. A polícia foi ao local após relatos de cheiro forte de moradores do edifício.
Segundo as informações preliminares, José Carlos estaria morto há quatro dias, pelo estado de decomposição do corpo. Os familiares do ator compareceram ao Instituto Médico Legal (IML), na manhã deste sábado para iniciar os trâmites funerários. A data do funeral ainda não foi divulgada.
Relatos no local indicam que o ator foi visto pela última vez na segunda-feira (21), pelas câmeras de segurança do prédio. O caso é apurado pela 12ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. “A 12ª DP (Copacabana) instaurou inquérito para apurar a morte de José Carlos Sanches. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e os agentes estão levantando informações para esclarecer os fatos”, confirmou a assessoria da instituição em nota ao Gshow.
O ator trabalhou em várias novelas da TV Globo, entre elas, “Água viva”, na primeira versão de “Tititi” e em “Que rei sou eu?”. O papel de mais destaque foi na novela “Por amor”, em que interpretou o piloto Fausto. O último trabalho dele foi na série “Afinal, o que querem as mulheres?”, que estreou em 2010.