O maestro James Levine faleceu, aos 77 anos, três anos após um escândalo de abuso sexual que encerrou e manchou sua carreira, marcada por quarenta anos na direção musical da Metropolitan Opera de Nova York.
Nomeado maestro da Metropolitan Opera, popularmente referida como ” Met Opera”, em 1976, reformou a desacreditada instituição até colocá-la entre as grandes óperas do mundo.
Enquanto se deliciava com o repertório dos clássicos, foi incorporando obras contemporâneas e compositores até então menosprezados.
Com seus exuberantes cabelos cacheados, óculos redondos de metal, estilo expressivo e personalidade extrovertida, Levine se estabeleceu como uma das figuras mais reconhecidas no mundo da música clássica.
Em 2016, ele aceitou deixar a direção musical do Met por causa do Parkinson que sofria há anos. Porém, continuou sendo maestro honorário até sua suspensão em dezembro de 2007, após a publicação nos jornais The New York Times e New York Post de relatos que o acusavam de abuso sexual.
Os dois jornais divulgaram o caso de um homem que acusou o maestro de molestá-lo de 1985 – quando tinha apenas 15 anos – até 1993.
Em março de 2018, o Met publicou as descobertas de sua investigação, que confirmaram a existência de “evidência credível” de que o músico efetivamente estava envolvido “em assédio e comportamento sexualmente abusivo”.