A mineira Cindy Oliveira Romão enfrentou essa situação até ser acolhida por uma famÃlia de brasileiros em um apartamento em Lisboa. Ela trabalhava como cuidadora de idosos, mas perdeu o emprego após contrair covid-19. Sem trabalho nem dinheiro, foi despejada do quarto que alugava por falta de pagamento. Mandou um e-mail para o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa pedindo ajuda para regressar ao seu paÃs, mas ainda não obteve resposta.
“Estou com fome, peço por favor que me ajudem a voltar para minha casa, onde está a minha famÃlia. Sem trabalho e sem ter onde ficar, ‘dormi’ quatro dias em uma praça e agora estou de favor na casa de um pessoal, mas estou desesperada porque é uma situação muito constrangedora”, relata Cindy.
Um novo decreto passou a vigorar nessa segunda-feira (15), renovando a suspensão. Cindy chegou a entrar em contato com o Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM), mas também não teve êxito, como conta à agência de notÃcias Sputnik Brasil.
“A mulher foi até muito atenciosa comigo, mas me disse que a volta voluntária só seria possÃvel depois de três meses. Não tenho como ficar aqui por três meses. Não tenho dinheiro para nada. Cheguei a ligar para um lugar para pedir repatriamento, mas a moça me informou que só seria possÃvel depois de seis meses de espera”, lamenta.
 Associação Brasileira em Portugal pede apoio ao Exército
Cindy não é a única nessa situação. Uma lista de mais de 340 brasileiros que tentam regressar para casa foi encaminhada pela Associação Brasileira em Portugal (ABP) ao Exército do Brasil na manhã desta terça-feira (16). No ofÃcio dirigido ao general Eduardo Antônio Fernandes, do Comando Militar do Sudeste, Ricardo Amaral Pessôa, presidente da ABP, pede o apoio das Forças Armadas.