Arquivado em (Artigos) por vitor em 15-08-2020 00:18
DO UOL
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As duas suspeitas de matarem um metalúrgico em 2019 se entregaram ontem em uma delegacia de São Paulo Imagem: Reprodução/ EPTV
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 Alex Tajra
Do UOL, em São Paulo
O casal Jaqueline Priscila Dornelas, de 31 anos, e Isabela Menegheli Belchior, de 26 anos, foi preso ontem depois de se apresentar a uma delegacia em São Carlos, no interior de São Paulo. Elas são suspeitas do assassinato do metalúrgico Leizer Buchiwieser dos Santos, em agosto de 2019.
 A polÃcia apura se os dois parentes teriam participado da morte porque a perÃcia encontrou ao menos seis ferimentos por faca no corpo de Santos.
“Os interrogatórios foram feitos ontem e, segundo consta, a Isabela assumiu que deu uma facada em Santos alegando que ele atentou sexualmente contra ela, de forma forçada. Nós, no entanto, apuramos que esse encontro foi todo marcado via chat, e ele pagaria por esse encontro”, disse o delegado Aquino à reportagem.
O caso aconteceu em 26 de agosto de 2019. Na investigação, a polÃcia descobriu que Santos praticava crimes sexuais envolvendo menores de idade. Ele teria marcado um encontro com Jaqueline, que levou sua sobrinha de 3 anos de idade.
“Acabaram matando ele no local, colocaram no carro, jogaram o corpo em um lugar e incendiaram o veÃculo. Nós investigávamos o caso como homicÃdio, depois fomos descobrindo o envolvimento de Leizer com a pedofilia”, diz o delegado. A polÃcia deve pedir a conversão das prisões temporárias para preventivas (sem prazo para terminar) após 30 dias de detenção das duas.
A polÃcia passou a suspeitar da participação de Leizer Buchiwieser dos Santos em crimes sexuais com menores de idade quando notou usuários comemorando sua morte em uma rede social. A partir disso, a investigação apurou outros casos nos quais Santos estaria envolvido.
Para a polÃcia, Jaqueline e Isabela aceitaram se encontrar com o metalúrgico a fim de extorquir dinheiro dele. A extorsão, no entanto, teria dado errado, o que culminou no assassinato de Santos. Um dia depois da morte, diz o delegado, foi feito um saque com seu cartão no banco.
“Ele tinha um distúrbio mental, fez contato com outras mulheres da cidade fazendo propostas com essa finalidade. Na hora [do encontro com Jaqueline e Isabela], ele chegou a reagir, mas elas acabaram matando ele no local”, diz o delegado.
As advogadas de defesa de Isabela e Jaqueline negam que as duas tenham cometido o crime e vão pedir a revogação da prisão temporária.