ARTIGO
De Salvador a Santos: entre perdas e danos
Gilson Nogueira
A noite é friazinha. Mesmo assim, ligo o aparelho de ar, para sentir-me no Sul Maravilha, para onde pretendo ir, até o final do ano, ao encontro de familiares. Se possível, dar um pulinho em Santos, a fim de abraçar parentes e amigos das vítimas da tragédia provocada pelas chuvas, há poucos dias.
Doeu fundo! Como dói, agora, em escala menor, saber, através do meu irmão caçula, que mudou-se para Sampa, a fim de faturar melhor com sua arte de desenhar. Flávio Luís, um gênio do traço, acaba de informar-me que o Rei Pelé volta a ser internado por conta de problemas de saúde, sendo obrigado a utilizar cadeira de rodas. Recentemente, o maior jogador de futebol de todos os tempos revelou que estava bem. Tomara que, agora, possa dizer o mesmo.
Na marcha do tempo, virou passado a festa de Carnaval de Salvador de todos os carnavais, dentre os quais o anúncio de construção de uma ponte, por chineses, do outro lado do mundo, unindo Salvador a Itaparica, a ilha que tem, ainda, graças a Deus, pinta de paraíso. A notícia lida há pouco, em jornal soteropolitano, é de fazer água no barco dos que sonham com o projeto de importância duvidosa, pelo menos, para mim. Saindo do papel, vejo que o paraíso que Deus Construiu vai deixar de sê-lo, fazendo renascer a expressão que ouço desde menino: “ Pobre Bahia!”
E no ritmo das perdas e danos, que somos obrigados a acompanhar, na Capital do Berimbau, que tem em ACM, neto, um bom prefeito, encontrei um confete e uma serpentina perdidos em um passeio da Graça, na quinta-feira, depois da festa: “ E aí,querido, como foi o baile?” “ Que baile? Você está por fora, serpentina! Não existe mais baile! O Carnaval acabou!” Antes do Carnaval dos Carnavais houvera uma brincadeira de crianças, em uma escolinha, alí. Deus queira que elas tragam o Carnaval da Bahia de volta! O que passou passou sem passar.
Gilson Nogueira é jornalista, amigo do peito e colaborador da primeira hora do Bahia em Pauta
Caro Gilson Nogueira. Muito bom o seu artigo, demonstrando o quanto você é importante como cidadão, procurando aliviar o sofrimento dos seres humanos, em lugares distantes de sua vida. Parabéns! Vindo a São Paulo, bem que poderíamos encontrarmos e me apresentar seu irmão recém instalado na cidade, E, talvez, bebermos uns chopes num tradicional bar da cidade.
Vanderlei
Maravilha de proposta. Vou torcer, muito, para que este encontro em São Paulo se realize. Música e arte na mesa. Vai o meu brinde antecipado. TimTim!!!
Amigos, um convite Maiúsculo, como o do gentil Vanderlei, e a torcida do grande VHS, pedem, antes de tudo, um brinde de agradecimento e reciprocidade! Irei, caros amigos ( êpa!), sem pauta definida. Por enquanto. Nada como manter a amizade e incentivar novas! O mundo, mais que nunca, precisa disso. Obrigado, companheiros! E viva o BP!