Por Iana Coimbra, TV Globo — Belo Horizonte
Corpo da 4ª vÃtima da intoxicação por dietilenoglicol é velado em BH
O corpo de Milton Pires, de 89 anos, foi sepultado na tarde desta sexta-feira (17), no cemitério Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Esta é a quarta morte provocada pela ingestão de dietilenoglicol, substância encontrada nas cervejas da Backer.
Milton Pires morreu nesta quinta-feira (16) e o caso dele é investigado pela Secretaria de Estado de Saúde. Ele estava internado no Hospital Mater Dei.
Um parente da vÃtima contou que tomou a Belorizontina no último dia 4. Quatro dias depois, não conseguiu mais urinar, mas não contou para ninguém. A famÃlia só ficou sabendo no dia 10. Segundo este familiar, devido a um câncer, Milton tinha apenas um rim.
Milton foi internado no dia 11, quando o rim parou de funcionar. Ele chegou a tomar o antÃdoto, etanol, e estava reagindo bem. Mas na quarta-feira (15), teve insuficiência respiratória e, na madrugada da quinta-feira (16), parada cardÃaca.
Segundo o Subsecretário de Estado de Saúde Felipe Laguardia, já são 18 casos notificados . Quatro pessoas morreram. Os outros 14 ainda são investigados. Os casos surgiram possivelmente após a ingestão de dietilenoglicol, substância tóxica que foi encontrada nas cervejas, nos tanques e na água para produção das bebidas da Backer.
A Secretaria de Estado de Saúde explicou que apenas a PolÃcia Civil tem a tecnologia necessária para fazer exames e confirmar com precisão se os pacientes que estão internados foram contaminados pelo dietilenoglicol. Esta seria o motivo apontado pelo órgão para a demora da confirmação dos demais casos.
Segundo o Globo, Milton Pires foi fundador do tradicional bar Baiúca, que fica no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Aos 89 anos de idade, ele visitava diariamente o local. Foi em uma dessas passadas, segundo funcionários, que ele bebeu a Belorizontina, uma de suas cervejas preferidas, apontada como possÃvel fonte do envenenamento de pelo menos 18 pessoas em Minas Gerais.
Milton Pires era dono de bar tradicional de BH e tomou Belorizontina — Foto: Foto cedida pela famÃlia
Quatorze pacientes que estão com a sÃndrome nefroneural continuam internados em estado grave, com risco de morte, informou a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), durante a entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (7). Segundo a pasta, todos eles ingeriram a cerveja produzida pela Backer.
Até então chamada de sÃndrome nefroneural pelas autoridades de saúde, os casos passam a ser denominados, a partir de agora, de intoxicação por dietilenoglicol. A denominação de “sÃndrome”, segundo a secretaria, era porque não se sabia o que estaria provocando quadros de insuficiência renal e alterações neurológicas nos pacientes.
Segundo o Subsecretário de Estado de Saúde Felipe Laguardia, já são 18 casos notificados da sÃndrome nefroneural. Quatro pessoas morreram. Os casos surgiram possivelmente após a ingestão de dietilenoglicol, substância tóxica que foi encontrada nas cervejas, nos tanques e na água para produção das bebidas da Backer.