CRÔNICA
O livro de Ruy Castro e a lembrança de João
Gilson Nogueira
Estou embaixo de um céu azul João Gilberto! Deitado, olhando para o alto, na tentativa de ver o gênio juazeirense que partiu, no dia 6 de julho deste ano, para Tocar e Cantar com Deus na Eternidade. Tenho, junto ao travesseiro, ” Trêfego e peralta”, um dos livros do grande Ruy Castro, contendo 50 textos deliciosamente incorretos, como afirma Heloísa Seixas, responsável pela seleção e organização deles, na obra, uma das inúmeras do bamba cearense, publicada pela Companhia Das Letras.
Puxo a coberta, ou melhor, o firmamento, para junto de mim, na tentativa de escutar meu guru de toda a vida cantando, baixinho, Wave.
E sonho em ser hipnotizado por ele, na imaginação, a fim de sentir-me anjo. João, o Papa da Bossa Nova, hipnotizou Ruy pelo ouvido,em um telefonema do genial cronista e escritor, além de jornalista, para a casa dele. JG vai completar, em seis de dezembro próximo, cinco meses que nos deixou. E nós ficamos órfãos do Pai da Batida que