CRÔNICA
Carlucho, Bolsonaro e a diversidade
Janio Ferreira Soares
Tarde de Outono caindo e acomodo minha carcaça na velha cadeira de balanço, cujo encosto me abraça como se eu fora um Tony Stark sendo recebido pela armadura do Homem de Ferro. No lago novamente cheio, sapos e agregados cantarolam suas toadas como se não houvesse amanhã e me lembro de Rãnilda, uma ranzinha que minha mãe criava atrás de um pote de barro, que além de prever chuvas adorava dormir em seu ombro no embalo de dengos e carícias.
Janio Ferreira Soares, cronista, é secretário de Cultura de Paulo Afonso, na beirada baiana do Rio São Francisco, onde ruge a hidrelétrica que ilumina o Nordeste há mais de meio século.
“Só em teus braços”, Rosa Passos: mundialmente reconhecida não só pela voz doce e jeito original de catar, a baiana Rosa sempre se destaca também pela seleta qualidade de seus repertórios. cantora, compositora e violonista , ela relançou um de seus mais aclamados CDs, no qual interpreta músicas de Tom Jobim. Neste vídeo ela canta um clássico da Bossa Nova. Divinamente!
BOM DOMINGO!!!
(Vitor Hugo Soares)
Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília
‘Não é a minha linha’, diz Bolsonaro sobre propaganda do Banco do Brasil retirada do ar
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã deste sábado (27) que o governo não quer que dinheiro público seja utilizado para fazer propagandas como a peça publicitária do Banco do Brasil, voltada para os jovens, retirada do ar após decisão do governo.
Na propaganda, de 30 segundos, eram exibidas imagens de pessoas que, segundo a locutora, “fazem carão”, “biquinho de ‘vem cá me beijar'”, “quebrada de pescoço para o lado”, “papada negativa”, “cara de rica irritada” e “movimento natural esquisito”. Enquanto a narradora falava, eram exibidas imagens de pessoas agindo conforme a narração.
Apareciam no vídeo uma mulher careca negra, um homem em um salão de beleza, uma mulher negra com cabelo loiro, outra mulher com cabelo rastafári, um homem com cabelo rosa, uma mulher com cabelo curto e um homem em ambiente de festa.
De acordo com Bolsonaro, a peça publicitária não é a “linha” de pensamento dele já que, segundo o presidente, a “massa quer respeito a família”.
“Quem indica e nomeia presidente do BB, não sou eu? Não preciso falar mais nada então. A linha mudou, a massa quer respeito a família, ninguém quer perseguir minoria nenhuma. E nós não queremos que dinheiro público seja usado dessa maneira. Não é a minha linha. vocês sabem que não é minha linha”, disse o presidente.
A interferência do governo sobre o teor de peças de propaganda de empresas estatais não é permitida, pois fere a Lei das Estatais.
Na noite desta sexta (26), a Secretaria de Governo divulgou uma nota informando que não haverá interferência sobre as propagandas das estatais. A nota foi divulgada após o secretário de Publicidade e Promoção, Glen Lopes Valente, ter enviado um e-mail a empresas – como Petrobras e Correios – determinando que as peças de propaganda fossem submetidas à Secretaria de Comunicação Social, subordinada à Secretaria de Governo.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) evitou entrar em nova contenda com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e disse que suas críticas a seus filhos foram inventadas.
“Tenho certeza de que isso é um fake. Eu gosto do Rodrigo Maia. Ele tem respeito por mim, eu tenho por ele”, afirmou Bolsonaro neste sábado (27).
Em entrevista ao portal Buzzfeed publicada na sexta (27), Maia disse que “todo mundo tem convicção que o Bolsonaro é que comanda isso [a estratégia de rede social]”, apesar de o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) ter acesso às contas do pai.
“Alguém coloca aquilo do golden shower que colocou no Carnaval sem o pai ver? O filho pode ser doido à vontade, mas num negócio daquela loucura só com autorização do dono da conta”, afirmou o presidente da Câmara.
Maia disse também que o filho deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) vive um “momento de deslumbramento”.
Questionado sobre tais declarações, Bolsonaro sorriu.
“Mandei uma mensagem via Onyx [Lorenzoni, ministro da Casa Civil] para ele ontem à noite dizendo que o que nós dois juntos podemos fazer não tem preço”, contou, “e 208 milhões de pessoas precisam de mim, dele e de grande parte de vocês”, continuou dirigindo-se a jornalistas.
“Rodrigo Maia é pessoa importantíssima para o futuro de 208 milhões de pessoas. Espero brevemente poder conversar com ele”, concluiu.
Maia e Bolsonaro trocaram farpas e provocações há um mês em meio às negociações de formação de uma base aliada do governo no Congresso, mas depois o presidente fez gestos para melhorar a relação.
Bolsonaro foi criticado por ter defendido que uma economia mínima de R$ 800 bilhões com eventual aprovação da reforma da Previdência, apesar da expectativa do ministro Paulo Guedes (Economia) de superar R$ 1 trilhão.
No Congresso suas declarações foram criticadas por passarem mensagem dúbia sobre a intenção do presidente em aprovar a proposta.
“Ela não pode ser desidratada, tem um limite.
Abaixo disso, como diz o Paulo Guedes, apenas vai retardar a queda do avião”, afirmou Bolsonaro.
“O Brasil não pode quebrar. Temos que alçar um voo seguro para que todos possam se beneficiar da nossa economia”, concluiu.
O presidente reiterou a proposta de cortar recurso de cursos de ciências humanas.
“Nós precisamos formar bons profissionais, que sejam úteis para si e para o Brasil. Não formar militantes”, afirmou.
Bolsonaro visitou neste sábado (27) a estudante Yasmin Alves, 8, na Cidade Estrutural, periferia de Brasília, para, segundo ele, desfazer um mal-entendido provocado pela imprensa.
Há alguns dias, o presidente recebeu um grupo de alunos e o vídeo inicialmente divulgado levou à interpretação do jornal O Estado de S.Paulo de que a menina se recusava a cumprimentá-lo. Depois, com a íntegra da cena, o diário constatou o erro e se corrigiu.
“Eu perguntei quem era palmeirense e ela falou que não, nada mais além disso”, afirmou Bolsonaro na saída de sua casa. Yasmin vestia a camisa do Flamengo presenteada pelo presidente em visita que ela fez ao Palácio do Planalto nesta semana.
“Não tentei mudá-la de time, não”, comentou. Bolsonaro disse que fez a visita para desfazer a imagem de que ela era mal-educada em sua comunidade.
A região, carente, mobilizou-se em parte para recebê-lo. A rua e arredores da casa foram bloqueados, de modo que alguns moradores acenaram para o presidente à distância.
Pouco antes de Bolsonaro deixar a residência de Yasmin, o esgoto escorreu do cano da calçada bem na área montada para que desse a entrevista, impregnando a rua de mau cheiro. Bolsonaro acabou falando com os jornalistas alguns passos para o lado.
Ele estava acompanhado da mulher, Michelle, que levou um bolo de chocolate, o deputado Helio Lopes (PSL-RJ), o Helio Negão, e o ministro Floriano Peixoto (Secretaria-Geral).
Os pais de Yasmin serviram pão com leite condensado, café da manhã do qual Bolsonaro mostrou gostar na eleição quando recebeu a Rede Globo em sua casa com a refeição servida.
“Mas não deu tempo de comer, não. Tomei só uma xícara de café, tá ok?”, contou
O presidente Jair Bolsonaro retrucou crítica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo quem o Brasil está sendo governado por “um bando de malucos”.
“Pelo menos não é um bando de cachaceiros, né?”, respondeu Bolsonaro neste sábado (27).
“Olha, eu acho que o Lula, primeiro, não deveria falar. Falou besteira. Maluco? Quem era o time dele? Grande parte está preso ou está sendo processado”, disse o presidente.
Segundo Bolsonaro, Lula “tinha um plano de poder onde, nos finalmentes, nos roubaria a nossa liberdade, tá ok?”.
Para ele, “é um equívoco, um erro da Justiça ter dado o direito a dar uma entrevista. Presidiário tem que cumprir sua pena e não dar alteração”.
Lula deu uma entrevista exclusiva aos jornais Folha de S.Paulo e El País na sexta-feira (27) em uma sala preparada pela Polícia Federal na sede do órgão em Curitiba, onde está preso desde abril do ano passado.
Depois de uma batalha judicial, na qual a entrevista chegou a ser censurada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a decisão foi revista na semana passada pelo presidente da corte, Dias Toffoli.
Bolsonaro visitou neste sábado a estudante Yasmin Alves, 8, na Cidade Estrutural, periferia de Brasília, para, segundo ele, desfazer um mal-entendido provocado pela imprensa.
Há alguns dias, o presidente recebeu um grupo de alunos e o vídeo inicialmente divulgado levou à interpretação do jornal O Estado de S.Paulo de que a menina se recusava a cumprimentá-lo. Depois, com a íntegra da cena, o diário constatou o erro e se corrigiu.
“Eu perguntei quem era palmeirense e ela falou que não, nada mais além disso”, afirmou Bolsonaro na saída de sua casa. Yasmin vestia a camisa do Flamengo presenteada pelo presidente em visita que ela fez ao Palácio do Planalto nesta semana.
“Não tentei mudá-la de time, não”, comentou. Bolsonaro disse que fez a visita para desfazer a imagem de que ela era mal-educada em sua comunidade.
A região, carente, mobilizou-se em parte para recebê-lo. A rua e arredores da casa foram bloqueados, de modo que alguns moradores acenaram para o presidente à distância.
Pouco antes de o presidente deixar a residência de Yasmin, o esgoto escorreu do cano da calçada bem na área montada para que desse a entrevista, impregnando a rua de mau cheiro. Bolsonaro acabou falando com os jornalistas alguns passos para o lado.
Ele estava acompanhado da mulher, Michelle, que levou um bolo de chocolate, o deputado Helio Lopes (PSL-RJ), o Helio Negão, e o ministro Floriano Peixoto (Secretaria-Geral).
Os pais de Yasmin serviram pão com leite condensado, café da manhã do qual Bolsonaro mostrou gostar na eleição quando recebeu a Rede Globo em sua casa com a refeição servida.
Sergio Massa dirige o Frente Renovador, um movimento peronista fora do kirchnerismo. Em sua segunda tentativa para chegar à presidência da Argentina (em 2015 recebeu 21% dos votos), sem primárias no bloco Alternativa Federal e sem a confirmação da candidatura de Cristina Kirchner, Massa propõe “superar o fracasso de Mauricio Macri” com um pacto econômico e social entre todas as forças políticas e uma renegociação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Pergunta: Como se chega à Casa Rosada?
Resposta: Construindo um grande acordo e grandes maiorias. A Argentina precisa superar o fracasso de Mauricio Macri. Fracassou porque gerou uma expectativa que não cumpriu, porque a sociedade se sente enganada e, principalmente, porque nunca tentou unir os argentinos. Escolheu o confronto fácil com o passado para se manter no poder sem se importar com o que isso significava. Se a campanha é feita dividindo, é impossível governar para todos.
P. Desde o retorno à democracia nos anos oitenta se fala da necessidade dos Pactos da Moncloa na Argentina. Por que é tão difícil realizá-los?
R. Em janeiro de 2016 entrei em um avião e acompanhei o Governo a Davos como líder de oposição para dizer ao mundo que uma nova etapa começava. Na viagem de volta, disse ao presidente que era o momento de construir um acordo econômico e social. Ele me disse: “Eu ganhei, eu governo”. Essa soberba, essa mesquinhez, a única coisa que fez foi prender a Argentina na situação em que estamos hoje. O presidente que prometeu pobreza zero nos levou ao pior nível do mundo junto com a Venezuela e o Irã.
P. O país que o próximo presidente herdará será pior do que o herdado por Macri?
R. Será muito pior, porque a dívida cresceu, a produção caiu, temos a maior inflação dos últimos 30 anos e temos mais pobreza. Estamos muito pior.
P. Como se sai da crise?
R. O caminho é voltar a uma economia ligada à produção e ao trabalho, priorizar a educação e mudar o sistema de impostos para defender os que exportam, que são os que geram dólares genuínos. Devemos deixar de ser um país que importa dívida e exporta economia. Precisamos vender valor agregado, sair da lógica de que a Argentina é só agroexportadora.
“A Argentina precisa superar o fracasso de Macri”.
P. Por que a Argentina é um país tão peronista?
R. Porque é um país em desenvolvimento, um país em que o cidadão dá ao Estado um papel central. E o peronismo, como movimento político, é o que melhor interpreta o uso do Estado como ferramenta para gerar desenvolvimento e equilibrar desigualdades. Acredito no Estado como instrumento de transformação da vida das pessoas.
P. Há lugar para Cristina Kirchner nessa união de oposição proposta pelo senhor?
R. Não sei o que a ex-presidenta fará. Nós não podemos deixar de falar a todos os eleitores de oposição que é um erro ter candidatos cultuados, porque aqui é preciso vencer Macri. Não basta construir candidaturas que depois perderão para Macri no segundo turno.
P. Vamos supor que o senhor se reúna com investidores. Explique no que se diferencia de Kirchner.
R. Eu não acredito nos cepos (medida que impedia a retirada de lucros do país) lutei contra o cepo sobre a venda de dólares em 2013; não acredito nas economias com mecanismos indiscriminados de controle cambial, acredito nos modelos do Chile e do Brasil. Acho que um investidor que vem gerar emprego, e não especular, deve receber todas as facilidades, porque isso é o Estado intervindo.
“O peronismo acredita no Estado como instrumento de transformação da vida das pessoas”.
P. Até que ponto a imagem da ex-presidenta pesa sobre o peronismo?
R. As pessoas separam muito bem e sabem bem o que cada um faz. Eu fui prefeito, chefe de Gabinete, diretor da Segurança Social durante seis anos, deputado e hoje não tenho nenhum processo na Justiça. Vivo na mesma casa desde que me casei e as pessoas sabem disso.
P. Imaginemos que Massa é o presidente. O FMI dá margem para mudar o acordo no ano que vem?
R. Nós dissemos ao Fundo em dezembro, com toda a clareza, que nossa decisão era rediscutir o acordo. O acordo é injusto para a Argentina porque só serviu de salva-vidas para Macri. Estabelece a obrigação de desembolso dentro de um Governo e obrigações de pagamento no que vem imediatamente após. Precisamos de uma saída como a feita em Portugal, prorrogar os prazos e usar esse alívio para diminuir impostos. O FMI precisa entender que os mortos não pagam.
P. O que é preciso para convencer os argentinos a trazer o dinheiro que têm no exterior?
R. O Governo perdeu uma grande oportunidade com a anistia fiscal, porque não deu incentivos à repatriação. O assunto central são os incentivos e isso depende dos esquemas impositivos. Se puno mais a produção e o trabalho do que a especulação financeira fora do país sua tendência natural será olhar a utilidade de cada investimento, deduzir os impostos e ver que os incentivos estão mal alinhados.
“Eu não vou começar do zero, manterei o que está funcionando”.
P. Enquanto isso, a inflação engole o dinheiro local.
R. Durante muitos anos, foi dito que o problema da inflação era a emissão monetária. Esse Governo tem há um ano emissão monetária zero e obteve o recorde de inflação dos últimos 27 anos. Claramente não é só emissão monetária e sim emissão mais agregados monetários.
P. É possível que a moeda argentina se valorize?
R. Irá valorizar quando tivermos balança comercial positiva por exportação, não pela queda do turismo. A balança precisa ser por crescimento de exportações, e para isso é preciso olhar ao Mercosul, a nosso nicho de negócios na Ásia, África e Índia. Precisamos explorar mercados e que o sistema de relações exteriores seja orientado ao comércio.
P. Por que o discurso do político que promete refundar a nação faz tanto sucesso na Argentina? Macri voltou a repetir isso em sua última entrevista.
R. Eu não vou começar do zero, manterei o que está funcionando.
O atual campeão brasileiro não pode ficar de fora da lista. Ainda mais se tratando do clube que, desde 2015, quando consolidou o Allianz Parque como fortaleza e começou a receber investimentos milionários da empresa de crédito pessoal Crefisa, conquistou dois brasileiros e uma Copa do Brasil. O elenco, que já era acima da média em 2018, teve os incrementos de Carlos Eduardo, Felipe Pires, Zé Rafael, Matheus Fernandes, Arthur Cabral e Ricardo Goulart. O objetivo da temporada do time de Felipão é a Libertadores mas, se ano passado a equipe alviverde ergueu a taça da liga com um time alternativo, priorizando o torneio sul-americano, é de se esperar que em 2019 o Palmeiras esteja outra vez na briga pelo topo.Corinthians
São Paulo x Botafogo – Morumbi – sábado (27), 16h
Atlético Mineiro x Avaí – Arena Independência – sábado (27), 19h
Chapecoense x Internacional – Arena Condá – sábado (27), 19h
Flamengo x Cruzeiro – Maracanã – sábado (27), 21h
Grêmio x Santos – Arena do Grêmio – domingo (28), 11h
Bahia x Corinthians – Fonte Nova – domingo (28), 16h
Athletico Paranaense x Vasco – Arena da Baixada – domingo (28), 16h
Ceará x CSA – São Januário – domingo (28), 16h
Palmeiras x Fortaleza – Allianz Parque – domingo (28), 19h
Fluminense x Goiás – Maracanã – domingo (28), 19h
Principal rival do Palmeiras, o Corinthians tem dividido as glórias a nível nacional com o alviverde. Se o troféu foi palmeirense em 2016 e 2018, ele ficou para os corintianos em 2015 e 2017. Na última vez, sob o comando do treinador Carille; discípulo de Tite, ele estreou naquele ano, quando venceu o campeonato paulista e o Brasileirão, e ficou até 2018, quando voltou a ganhar o estadual. Depois de um período na Arábia Saudita, voltou ao seu clube e, tornando a se destacar pelo padrão de jogo eficiente, levou o tricampeonato paulista. O treinador já venceu a competição com um elenco mais modesto e, agora, que tem novidades como Manoel, Richard, Ramiro, Sornoza, Junior Urso, Vagner Love, Boselli e Gustavo, é um dos candidatos.
Invicta em 2019, o Cruzeiro é considerado por muitos a melhor equipe do futebol brasileiro nos primeiros meses de temporada. Apesar de disputar o campeonato mineiro, que não é tão concorrido como paulista ou carioca, a equipe de Mano Menezes —o treinador mais longevo deste campeonato brasileiro, há quase três anos no comando— foi campeã estadual em cima do rival Atlético Mineiro e lidera com folga seu grupo na Libertadores; ano passado, levou o bi da Copa do Brasil. No elenco, Mano já contava com Fábio, Dedé, Henrique, Lucas Silva, Thiago Neves e o artilheiro Fred, que não jogou ano passado por lesão. Perdeu Arrascaeta, mas ganhou Marquinhos Gabriel, Rodriguinho, Dodô e Pedro Rocha, que credenciam a equipe mineira como uma das melhores do país.
O rubro-negro rivaliza com o Palmeiras na briga pelo posto de melhor elenco e clube mais rico do país. Na corrida por títulos, no entanto, o Flamengo não tem chegado perto do clube paulista, mesmo recheando a equipe com jogadores do nível de Diego Alves, Cuellar, Vitinho, Diego e Everton Ribeiro. Para este ano, além do novo comandante—Abel Braga foi o escolhido—, a equipe ainda trouxe Rodrigo Caio, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol, nomes que, mesmo com a perda de Lucas Paquetá, venceram o campeonato carioca deste ano. O elenco estrelado não garante o título, mas coloca o Flamengo na briga para quebrar o jejum de dez anos sem título brasileiro.
Em um campeonato equilibrado, a briga pelo título pode se estender para além das quatro melhores equipes. O Internacional, por exemplo, surpreendeu com um vice-campeonato em 2018, no ano que voltou à série A depois de uma passagem pela segunda divisão. Para a nova temporada, o Inter manteve o elenco e ganhou os reforços de Paolo Guerrero e Rafael Sóbis. Mas foi o seu maior rival, o Grêmio, que levou o campeonato gaúcho. Sob a batuta de Renato Gaúcho, os gremistas vem de seguidas boas campanhas na Libertadores e contam com Geromel, Maicon, Everton, Tardelli e Luan para voltar a ganhar o Brasileirão depois de 23 anos. São destacados, ainda, os paulistas: o Santos, que tem como principal estrela o treinador Jorge Sampaoli, e o São Paulo, que foi vice-campeão paulista apostando nas revelações mas tem em seu elenco Hernanes e Alexandre Pato.