Para o ministro do STF, nesse ambiente, tomam-se decisões baseadas numa distinção entre bons e maus, em que os bons são “aqueles que fazem aquilo que a chamada opinião pública entende que está correto”.
Gilmar chamou de “ato heroico” no Brasil a concessão de habeas corpus a prisões que ele considera indevidas. “Negar habeas corpus a quem tem direito porque eu quero me acovardar é o caminho para a barbárie. Assim se constrói o caminho para a desinstitucionalização.”
O ministro do Supremo afirmou também que uma “força-tarefa” pode se transformar em “milícia” no que chamou de “estado policialesco”.
“O juiz não é sócio do delegado ou do procurador. A intervenção ‘do partido da polícia’ não é normal, não é da democracia. É óbvio que é um engendramento de um nazifascismo.”
E ainda falou de vazamentos: “Quando um grupo se convola em soberano, ele faz a lei, faz a lei porque vaza informações, faz a lei porque define o destino das pessoas, decreta prisão abusiva –é porque não estamos mais no estado de direito”.