Rodolfo Borges
Três dias após ser preso na Operação Rádio Patrulha, parte da Lava Jato, que investiga direcionamento de licitações para beneficiar empresários, o ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) vai sair da cadeia, graças a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros 14 implicados na operação receberam o mesmo benefício.
Richa estava detido provisoriamente com a esposa, Fernanda Richa, entre outros, no Regimento da Polícia Montada, da Polícia Militar, em Curitiba, por determinação da Justiça estadual. “Estou absolutamente convencido sobre a ilegalidade da prisa?o proviso?ria do requerente e da necessidade de se restituir a sua plena liberdade”, escreveu Mendes em sua decisão. O ministro diz ainda que há indicativos de “fundo político”na prisão, que causou constrangimento a tucanos como o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB).
“No caso em ana?lise, houve a violac?a?o na?o apenas da liberdade de locomoc?a?o, mas tambe?m ha? indicativos de que tal prisa?o tem fundo poli?tico, com reflexos sobre o pro?prio sistema democra?tico e a regularidade das eleic?o?es que se avizinham, na medida em que o postulante e? candidato ao Senado Federal pelo estado do Parana?, sendo que sua prisa?o a?s ve?speras da eleic?a?o, por investigac?a?o preliminar e destitui?da de qualquer fundamento, impacta substancialmente o resultado do pleito e influencia a opinia?o pu?blica”, escreveu Mendes.
(Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)