Na saída da visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 31, a também ex-presidente Dilma Rousseff contou a jornalistas que a situação da Petrobras foi uma das pautas de discussão entre os petistas. Lula foi condenado e está preso desde o mês passado, na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR). “Lula discutiu comigo como está sendo a destruição da maior empresa estatal brasileira”, afirmou.
Dilma destacou algumas diferenças entre as políticas de preço que são adotadas atualmente para o petróleo, de livre mercado, e as definidas em seu governo, consideradas mais restritivas. “Se você deixar os preços fluírem de acordo com o andamento do mercado, você tem vários fatores que influenciam”, disse a ex-presidente. Dentre estes fatores, ela citou as tensões nos acordos firmados entre os Estados Unidos e o Irã, e a queda na produção da Venezuela que, segundo Dilma, já esteve em 2,5 milhões de barris por dia e agora está em 1,5 milhão de barris por dia.
Os ajustes nas taxas de juros norte-americanos, que fazem com que com que o dólar suba, configuram outra justificativa para que o “petróleo brasileiro não seja dolarizado”, afirmou Dilma.
A petista ainda criticou “o processo de privatização do refino” e acredita que esta seja uma ferramenta para “abrir o mercado brasileiro desnecessariamente à importação de petróleo”.
Além disso, Dilma acrescentou que Lula está indignado e lembra de feitos importantes realizados no governo do PT, como a exploração do pré-sal e a “ampliação das refinarias”, para se manter confiante em meio à situação adversa em que se encontra.
Os beneficiários de políticas protecionistas e de políticas de subsídios sempre são muito visíveis. Já suas vítimas são invisíveis. Os políticos adoram esse arranjo. E o motivo é simples: os beneficiados sabem em quem devem votar em agradecimento ao arranjo; já as vítimas não sabem quem culpar pelo desastre.
Walter E. Willians
Walter E. Willians é um professor honorário de economia da George Mason University – GMU e autor de diversos livros. É reconhecidamente um dos maiores economistas vivos da atualidade. Suas colunas são publicadas nos principais jornais americanos. Negro e de origem humilde, cresceu pelo próprio esforço. Isso o tornou um crítico mordaz das políticas da ação afirmativa e do assistencialismo.
Os governos desde, pelo menos, os tempos do Príncipe da Privataria, infelizmente, fizeram tudo para destruir a Petrobras. Um deu início, os seguinte deram continuidade ao descalabro dos leilões das bacias petrolíferas. Mas que o o atual tem exagerado, tem. Mas a missão dele foi essa, aprofundar o entreguismo. Um governo feito sob medida para o entreguismo do patrimônio do povo.
Não precisamos privatizar a Petrobras. Aliás, não é o momento certo! O que precisamos é que ela tenha concorrência. Eu, como você e outros brasileiros somos donos dela. Queremos que ela seja bem administrada empresarialmente dando lucro para o país e para nós também acionistas minoritários ( eu tenho ações dela). Pelo menos, enquanto o petróleo, é uma das mais importantes commodities e fonte de energia do mundo. Eu não quero ser acionista, como todos brasileiros somos, de uma empresa que dá prejuízos. O governo, seja de qual partido for, que não nos atrapalhe. O que é difícil num país gigantesco nos gastos públicos e com estratosféricos impostos.
Dá lucro para o país ou para a banca? Todo o lucro que o Tesouro recebe como dividendos de empresas públicas ou mistas, pela lei, hoje, vai exclusivamente para pagamento de juros à banca. Quem lucra mesmo só os banqueiros e alguns rentistas.