Quando o Supremo da Venezuela capitulou diante da ditadura bolivariana, associando-se ao poder militar discricionário por meio do voto de oito dos seus quinze juízes, Cecília Sosa, a primeira mulher a presidi-lo, declarou o tribunal extinto com as seguinte palavras:
“A Corte Suprema de Justiça da Venezuela se suicidou, para evitar ser assassinada. O resultado é o mesmo: está morta.”
O STF brasileiro pode se associar à corrupção, mas não precisa se suicidar. Só morrerá se as suas duas ministras deixarem — Cármen Lúcia e Rosa Weber.