O jornal norte-americano The Washington Post estampa nesta terça-feira (20), com destaque em edição impressa e também no website, reportagem sobre a vereadora assassinada do Psol, Marielle Franco, com imagens dela e dos protestos que se espalharam pelo paÃs e pelo mundo denunciando o crime contra a parlamentar que era uma voz em defesa de minorias sociais. “Uma polÃtica negra foi morta a tiros no Rio. Agora é um sÃmbolo global”, diz o tÃtulo da reportagem.
“Antes de entrar no seu Chevrolet Agile à s 21h04 na última quarta-feira, Marielle Franco tinha acabado de fazer o que fazia melhor”, inicia o periódico, fazendo referência aos fortes e combativos discursos da vereadora, que na ocasião tinham sido realizados na Roda de Conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas!, na Casa das Pretas, no Centro do Rio de Janeiro, quando ela expressou sua preocupação com a falta de segurança na capital fluminense.Â

“Em uma sociedade que há muito tem se visto como pós-racial, argumentou Franco, a matança não era apenas uma guerra contra os pobres. Era também uma guerra contra os negros”, frisa a reportagem assinada por Anthony Faiola e Marina Lopes.Â
Trinta minutos após a reunião, dois veÃculos se aproximaram. “‘Eita’, ela disse, de acordo com o depoimento de uma assessora que estava em seu carro, enquanto os tiros estouraram. Então, nove balas da polÃcia a atingiram, incluindo quatro tiros na cabeça.”
Mas se o objetivo era silenciar a polÃtica negra em ascensão, “o assassino de Franco fez o contrario”, atesta norte-americano. Nos últimos dias, a maior nação da América Latina observa uma figura que era pouco conhecida fora do Rio ser “transformada em sÃmbolo global da opressão racial”.Â
