O UOL estreou em grande estilo um site chamado Universa, dedicado a mulheres — mas homens e não-binários também podem ler, imagina-se.
Em grande estilo porque a entrevistada é Pilar del Río, viúva do escritor português José Saramago (ela só é citada como jornalista linhas depois).
Na entrevista, a viúva diz que:
— Daria um tapa na cara de um homem que lhe oferecesse uma rosa neste Dia Internacional das Mulheres;
— Aprova a candidatura de Manoela D’Ávila e Guilherme Boulos, porque a esquerda é “plural”;
— José Saramago era um “comunista hormonal”;
— E que tem “muita pena dos brasileiros e brasileiras. Acho que não mereciam isso. Se eu fecho os olhos e penso no Brasil, penso em 36 milhões de pessoas que, de alguma maneira, foram atendidas por um partido, o PT, e que com todos os seus erros — porque ninguém é santo –, saíram da pobreza absoluta por um período, mas agora voltaram. A noite do impeachment foi uma das noites mais vergonhosas que eu presenciei. Acompanhei desde Lisboa. Isso não poderia acontecer no século XXI. Não sinto só pela Dilma, a quem eu respeito muitíssimo e considero uma amiga, mas pelos brasileiros que foram enganados.”
Pilar del Río faz da viuvez marital e ideológica uma verdadeira profissão. De fé.