Os supervilões contra a Liga da Justiça
Numa tendência que é crescente, ministros do Supremo Tribunal Federal têm sido alvo de pedidos de impeachment. O ano de 2016 marcou o recorde de 11 solicitações contra seis integrantes do colegiado.
Com três pedidos, LuÃs Roberto Barroso é o lÃder dessa competição, que questiona como nunca antes a lisura ou a competência da última instância judiciária do paÃs.
Empatados em segundo lugar estão Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, aos quais até se podem atribuir decisões duvidosas e pouco recato para a magnitude do cargo.
No entanto, identifica-se na maioria das ações o interesse escuso ou a jogada polÃtica, ou ambos – o último recurso de uma elite putrefata contra as malhas da lei e as barras da cadeia.
Custo zero
Aliás, o grande exemplo é o processo que o ex-presidente Lula move no TRF da 4ª Região contra o juiz Sérgio Moro por abuso do autoridade.
A defesa não vai custar nada ao magistrado: ele constituiu advogada a própria mulher, Rosângela Maria Wolff de Quadros Moro.
A luta continua
Na mesma linha, informa-se que o senador Renan Calheiros assumiria em fevereiro a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, cargo que lhe conferiria boa dose de poder contra as movimentações do Ministério Público, especialmente do procurador-geral, Rodrigo Janot.
Epigrama
No paÃs da felicidade,
A justiça que se quis:
Bandido é autoridade
E réu processa juiz.