DEU NO BLOG POR ESCRITO (DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
INFORMAÇÃO E OPINIÃO
“Tendências” seguem num PT baleado
Três deputados federais do PT – Moema Gramacho, Nelson Pelegrino e Afonso Florence – reúnem as três “correntes” que representam numa chapa para disputar o controle do partido na Bahia.
Por muito tempo, essas “tendências”, como também são chamadas, eram vistas como a voz das bases, expressão viva de uma “democracia interna”. Hoje já se pode questioná-las com mais clareza.
A debacle petista demonstrou que não havia debate em causas capitais, como a escolha do candidato à presidência da República ou à definição de métodos de captação de recursos “eleitorais”.
O partido era formado por ilhas, cada uma com seus mandatários, funcionando isoladamente e pensando primordialmente na próxima eleição.
Não levaram a lugar algum esses supostos núcleos ideológicos, sendo impossível estabelecer, entre eles, diferenças nítidas em pensamentos e propostas que conduzam, nem mesmo no plano retórico.
Não dá pra relevar
Os grupos que fazem a presente movimentação no PT – antes foram os deputados Jorge Solla e Marcelino Galo – devem ter em mente que uma repactuação com a sociedade inclui necessariamente o afastamento de militantes condenados por corrupção.
Derretimento geral
O problema é que os petistas têm dificuldade de foco sobre a vida política nacional como premissa para trabalhar corretamente na recuperação do partido.
Por exemplo, o deputado Afonso Florence disse que “nesses dois anos houve uma mudança da correlação de forças nacional e o derretimento do governo Temer”.
Ora, houve um derretimento do governo Dilma – e da credibilidade do PT e de seu maior líder, Lula, além de um derretimento final do patrimônio público e do segmento político.
“Moema Gramacho, Nelson Pelegrino e Afonso Florence”. Deus do céu, vejam nas mãos de quem está o finado PT!