DEU NO BLOG POR ESCRITO ( DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
A cassação improvável da chapa Dilma-Temer
Como de bobinha não se pode tachar a ex-senadora Marina Silva, o pedido que faz da cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, o que determinaria novas eleições presidenciais, tem apenas o objetivo de colocá-la na linha de frente do debate, visando às eleições de 2018.
Primeiro, porque é muito difÃcil que o Tribunal Superior Eleitoral, uma espécie de filial do Supremo, tenha interesse em cassar Temer, presidente de fato da República, a quem uma decisão dessa natureza atingiria, já que Dilma, embora seu retrato seja conservado nas salas nobres do Planalto, é passado.
Depois, porque, mesmo se chegando a esse extremo radicalismo, é improvável que haja tempo de fazer eleição direta ainda este ano, o que beneficiaria Marina. Só o novo presidente, em tese Rodrigo Maia, teria 90 dias para convocar o pleito. Com impeachment e Jogos OlÃmpicos na fita, o processo seria retardado.
Vale lembrar que, a partir de 1º de janeiro de 2017, em caso de vacância da presidência, o sucessor seria eleito indiretamente pelo Congresso. O que significa que, pelo andar da carruagem e pelos esquemas pré-montados, o presidente biônico poderá ser novamente… Michel Temer.
Marina ainda sonha, deseja e suspira, ser “Dilma” de Lula.
Nada mais insustentável que cotovelo de preterida!
Perdeu o trem, agora descobre-se nua do condutor!
Só resta tecer redes em busca do peixe dourado!