DEU NO BLOG POR ESCRITO (DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
O machismo nos tempos de sempre
Fala-se aqui por reflexão tardia, tanto que nem é preciso consulta à internet para preencher vazios: há, em certos trechos dos dois romances, semelhança profunda entre o médico de “O Alienista”, de Machado de Assis, e o médico de “O Amor nos Tempos do Cólera”, de Gabriel Garcia Marquez.
As duas obras são contextualizadas no final do século XIX, quando prevalecia, até juridicamente, a dominação masculina. Duas situações o caracterizam com muita exatidão: o exílio da mulher do primeiro e a noite de núpcias do segundo, nos momentos que precederam o encontro carnal.
As campanhas que vemos no século XXI, cinquenta anos depois dos Anos 60, pareceriam desconexão com a realidade, mas a verdade é que a opressão à mulher não diminuiu na essência, apesar da liberdade sexual determinada pelo advento da pílula e apesar, sobretudo, de tanta literatura.
Uns filhos da política
De Milena Santos, popular conterrânea novamente alçada à crista da onda por fotos sensuais no gabinete do marido ministro:
“Mostrando o corpo, chamo a atenção dos brasileiros para o que está acontecendo na política”.
Sinceramente, este editor não se atreve a fazer interpretações.
Êxito lacrimoso
Logrou êxito o interesse da presidente Dilma Rousseff de vitimizar-se durante entrevista à CNN, ao afirmar que “o sexismo contribuiu para o impeachment avançar”.
Obviamente tentando abrigar-se sob a imagem de minoria perseguida, o que não combina com a figura, a assertiva é de fazer chorar.