DEU NO BLOG POR ESCRITO (DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
Elas de novo, as pesquisas
Há incompatibilidade entre o índice de reprovação da presidente Dilma Rousseff, lá em cima, beirando os 70%, e as intenções de voto no ex-presidente Lula, que, segundo o instituto Datafolha, divide com Marina Silva a preferência do eleitorado brasileiro, com pouco mais de 20% em quatro cenários.
Se a nação rejeita a presidente, mas acolhe com simpatia seu criador, que jurou que ela seria “melhor” do que ele, e ao mesmo tempo abona o nome da ex-senadora Marina, excluída do segundo turno no pleito de 2014, é porque, no terreno da especulação, muitos aspectos podem ser levantados.
O primeiro, de grande obviedade, é que o instituto trabalha com a perspectiva de uma muito próxima eleição presidencial, possivelmente orientado, no sentido intelectual, não no administrativo, pela atividade jornalística praticada pelo grupo empresarial a que pertence.
Como se trata de integrante da grande imprensa, cujo claro interesse, ao lado de outros poderosos órgãos de comunicação, é derrubar Dilma e enfraquecer Lula (para o que acharam boas razões), estranha-se que justamente quando o impeachment da presidente é apreciado surja uma pesquisa que favorece o ex-metalúrgico e, por extensão, a beneficia.
A menos – e aí vai outra hipótese – que imaginemos que o poder político e o poder econômico são disputados visceralmente, e que nessa luta sejam usados métodos os mais reprováveis, como a manipulação de pesquisas e a distorção de informações, pelo conteúdo e forma de apresentá-las, estamos diante de uma confusão geral da.sociedade ou de alguma artimanha.
Nesse caso, a ascensão de Lula seria, na verdade, uma acumulação de “credibilidade” para o futuro, quando “novos fatos” venham a público sepultar qualquer possibilidade de candidatura. Para explicar o momento presente, nada melhor que a “perseguição” policial-judicial a Lula, despertando certa indulgência ao ex-presidente.
Nessa plausível trama, entra também Marina, aquela tradicional “opção” de um eleitorado disposto à “renovação” e à “mudança”, a ser lançada para enevoar o ambiente até a hora propícia à sua “desconstrução”.
Prova de isenção
No entanto, uma ressalva se faz necessária: se, como afirmou nos Estados Unidos, o juiz Sérgio Moro não toma decisões por motivação política, a condução coercitiva e a divulgação dos áudios de Lula demonstram que ele fala a verdade, pois só teriam servido para ajudar o ex-presidente.
O pato pagou o pato
A proibição de bonecos infláveis nos arredores do Congresso durante a votação do impeachment atinge em cheio o simpático patinho anti-imposto da Fiesp, mas tudo indica que o verdadeiro alvo era Pixuleco.
Luis, francamente, não entendi nadica de nada.
Proibiram os bonecos infláveis nos arredores do Congresso. Mas teremos bonecos de carne, osso, e pouco caráter (ou nenhum), votando na comissão.
Tanto de um lado como do outro.
Marionetes votando e nós servindo, talvez, de palhaços.
Dilma quer que os brasileiros padeçam em nome do seu sagrado direito de continua à deriva
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com.br/2016/04/dilma-quer-que-os-brasileiros-se.html
A mãe dos banqueiros. Projeto de Lei de Dilma (PLP 257/2016) transforma a União em seguradora internacional para investidores e garante remuneração da sobra de caixa de bancos.
Me lembrei de uma resposta de Mário Prata sobre a interpretação de um texto dele numa prova de vestibular, tendo ele chegado à conclusão de que não tinha entendido o que escreveu. É um mal que, às vezes, acomete os autores.
Luís, você pode enviar seu e-mail? Preciso falar com você.