DEU NO BLOG POR ESCRITO ( DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
“Esforço aéreo” torra Erário em céu de anil
Ficamos sabendo que a atividade prática da Força Aérea Brasileira – fazer seus aviões voarem pelo Brasil, em missões, treinamento, seja o que for – chama-se, no jargão da área, “esforço aéreo”.
E graças à liberdade de imprensa, novas práticas democráticas, transparência – seja, novamente, o que for –, também tomamos conhecimento de que a FAB está chiando porque o “esforço aéreo” passou dos limites.
Não dá para cumprir a meta de redução de 30% das horas de voo, por causa do “ajuste fiscal”, se continuar transportando autoridades para casa nos fins de semana – ministros, presidentes da Câmara, do Senado, do Supremo e Deus sabe quem mais.
Alegam os militares, num argumento forte perante uma população que vive ameaçada por forças estrangeiras em suas fronteiras secas e “molhadas”, que mais conveniente seria usar esses recursos em ações “de defesa”.
O que leva a uma conclusão: se é para economizar e falar sério, o melhor é deixar esses aviões no solo, a menos que seja para cumprir, realmente, tarefas humanitárias, de que tanta necessidade há nas extensões deste país.
É um pouco a concretização de objetivos do Departamento de Estado Americano:
Transformar as forças armadas dos países da América Latina em simples guardas nacionais e instituições de ações de assistência às populações.
Desarmadas, já são. Assistenciais e coisas tais, estamos vendo que estão se transformando. Haja vista o caso da ação de combate a desídia dos governantes, isto é, no combate aos mosquitos.
Teremos forças armadas de pranchetas e panfletos. No combate ao aedes aegypti.
A outra nobre missão de nossas forças desarmadas é o transporte de “autoridades” pra lá e pra cá. De Brasília pra casa. De casa pra Brasília.
É nessa coisa que estão transformando as nossas forças armadas. Que, saliente-se, estão desarmadas, sucateadas.