DO BLOG POR ESCRITO (DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
Até numa foto abafada, tirada em momento extremo das entrevistas de Carnaval, está a vice-prefeita Célia Sacramento como figura indissociável do prefeito ACM Neto.
Não desgruda, num exemplo muito raro em vices sempre suspeitos de armações. Declara-se netista de primeira hora e disposta ao que der e vier.
O conjunto de fatos é inovador nos nossos costumes. Célia sentiu, desde eleita, que não estaria na chapa de Neto à reeleição, àquela altura, previsível.
E, portanto, jamais quis brigar por uma causa perdida, não que causas perdidas nunca valham a pena, mas porque essa de vice não valia mesmo.
Célia, forçoso é o reconhecimento mesmo pelos mais ácidos críticos da vice-prefeita, tem dado aula de política, que consiste em identificar o que realmente interessa e ser eficaz.
Sua entrevista carnavalesca foi um show – se fosse música, ganharia o prêmio ainda almejado por Bell. “A política não se resolve com o coração”, disparou Célia, míssil de fazer inveja a Kim Jong-un.
E não parou: “Se eu for uma pessoa que agregarei voto a ele, serei eu. Mas se não, será um dos secretários”, desfecho que restringe, quantitativa e qualitativamente, os candidatos.
De todo esse papo, uma dúvida: a vice antenada mandou recado ou os irmãos Vieira Lima podem prosseguir em sua intenção?