DEU NO BLOG POR ESCRITO (DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
Lúcio pilota patrol para abrir caminhos
Entre as poucas coisas interessantes que se pescam no noticiário nesta época, em que tudo parece estar “blindado” pelo Carnaval, o deputado Lúcio Vieira Lima, nos brinda com uma frase instigante para falar da posição do PMDB sobre a reeleição do prefeito ACM Neto.
“Estamos com boa parte do caminho asfaltada para manter a aliança”, disse Lúcio, ressalvando que não há “nada confirmado” e que o partido aguardará o chamado de Neto, “para sentarmos e conversar”, o que, como acrescentou, “ele já disse” que só ocorrerá “depois do São João”, quando “fecharemos”.
Não precisava ter se alongado. O asfalto para “manter a aliança” foi suficiente. Está – a menos que nossos espíritos estejam mal aguçados – implícita a determinação de dividir o bolo: a vice-prefeitura de Salvador por dois anos e a perspectiva de tê-la por mais quatro.
Vamos convir que não há outra pedida e, sobretudo, força mais legítima para assumir essa “responsabilidade”. O conflito é novo na Bahia “democrática”, mesmo a políticos de formação “moderna”. Será preciso uma opção entre o compartilhamento do poder e o velho dissenso de sempre.
Piatã está fora desde que assumiu
Data: 08/02/2016
15:53:29
Lúcio falou também, supostamente em alguma entrevista nos vieses da folia, sobre deputados que, no passado, deixaram o PMDB, fascinados pelos governos do PT.
O móvel do comentário foi o deputado Alex da Piatã. A mídia estarrece-se com sua possível saída, aproveitando a “janela” a ser promulgada após o Carnaval, mas essa era uma pedra cantada desde quando assumiu o mandato.
É a única perda peemedebista na atual legislatura. Da fornada 2007-2011, de uma bancada de seis parlamentares, somente a deputada Marizete Pereira, ainda assim após a eleição de 2010, deixou o partido.
Na seguinte, como lembrou o deputado Lúcio em seu papo carnavalesco, a bancada perdeu a metade, com a saída, por ordem alfabética, de Alan Sanches, Ivana Bastos e Temóteo Brito.
Essa não vale
O deputado Alan Sanches deixou o PMDB, partido de oposição pelo qual foi eleito em 2010, e filiou-se ao nascente PSD, que foi criado para fazer parte da base do governo Jaques Wagner.
Alegar, agora, quando sai do partido do senador Otto Alencar, que procurou o caminho difícil da oposição, não pode, evidentemente, validar a transferência.