DEU NO BLOG POR ESCRITO (DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
PT na TV sem Lula e Dilma é farsa inviável
Vale esperar, para crer, a confirmação da notícia largamente divulgada de que o PT não usará a presidente Dilma e o ex-presidente Lula no programa político que levará ao ar em fevereiro, em rede nacional de rádio e TV.
A possibilidade de panelaço nos prédios da verdadeira classe média seria o motivo, pelo temor de que mais carga negativa sobre a imagem dos dois “líderes” venha a agravar o prejuízo nas eleições que se avizinham.
O que se estranha na avaliação da “direção” do partido, embora não se acredite na tese, é julgar que a soma do poder simbólico supostamente eterno de Lula e do poder real remanescente de Dilma é menos do que sobra no outro lado.
No princípio, para usar locução bíblica, o PT era Lula. E continuou sendo-o, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na derrota e na vitória, que veio, enfim. A “saga” se estendeu com Dilma. Livrar-se deles, agora, fica difícil.
A publicidade toca violino no convés
Há quem veja na radical mudança o acolhimento a uma sugestão “pragmática” do novo assessor de comunicação – função popularmente conhecida como “marqueteiro” – da presidente, Edson Barbosa, que sucede João Santana Filho.
Uma particularidade nos orgulha: ambos os publicitários, que começaram a carreira como jornalistas, são baianos, registrados na nomenclatura estadual, respectivamente, como Edinho TC e Patinhas, apelidos cujas origens e significados se desconhecem.
Santana teve jornadas vitoriosas com o lulismo e, vá lá, dilmismo. Saltou de banda, como se diz em sua terra natal, possivelmente, em razão do contencioso a dirimir. A Barbosa, igualmente bem-sucedido no marketing político, cabe, não se sabe como, dar o nó no pingo d’água.
Água em nó, varanda proibida!
Edson Barbosa, João Santana, OAS, Odebrechet, Gabrielli, et caterva, a concentração é enorme, talvez só perca para aquela mistica concentração de Orixás no Dique do Tororó.
Isso explica o silêncio olimpíco, quase que sintoma de Zica, dos soteropolitanos em pauta sobre a “Varanda de Wagner”?
Ainda não compreendo, para informações do tipo será sempre recorrer à fontes estranhas ao cotidiano de Salvador, tipo Claudio Humberto ou Veja?
A varanda de Wagner, por si só, não traduz um monumento ao efeito PT em plagas baianas?
O silêncio tem escusas na pauta? Ou apenas distração?