Beegie Adair, “Easy to Love”, para lembrar a Rua Chile do velho Palace Hotel!
BOA TARDE!!!
(Gilson Nogueira)
DEU NO BLOG O ANTAGONISTA
Olha quem saiu da toca
…Alexandre Tombini, o ilustríssimo colorado presidente do Banco Central brasileiro.
Por “sair da toca”, entenda leilões diários de títulos públicos, compromisso com manutenção da Selic e flerte com uso das reservas nacionais para segurar o escalada adicional do câmbio.
Em entrevista a O Financista, Alfredo Coutiño, da Moody’s, ressaltou que o mau uso de reservas provocaria ataque especulativo, com potencial desdobramento na necessidade de elevação adicional da taxa Selic para conter maior fuga de capitais.
Se a Moody’s está falando, certamente Levy e Tombini estão ouvindo…
Tem boi na linha?
DO EL PAIS
Gil Alessi
De São Paulo
Um dia após sofrer derrota no Supremo Tribunal Federal, que tirou de suas mãos parte dos inquéritos da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro se reuniu com empresários em São Paulo. Sem comentar diretamente a decisão da corte, o magistrado afirmou que existe o risco de que a operação “caia no esquecimento”. A decisão do STF, criticada pela Procuradoria da República e pelo próprio Moro em um de seus despachos, transferiu para São Paulo um dos processos da operação, o que abriu precedente para que advogados tentem tirar outros inquéritos de Curitiba – e de Moro. Ele participou nesta quinta-feira de um almoço organizado pelo Lide, o grupo empresarial presidido por João Dória Júnior, um dos pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo. Foi ovacionado mais de uma vez pelos mais de 500 presentes. As grandes construtoras agora alvo da Lava Jato, que no passado já foram homenageadas por eventos do grupo, estavam ausentes.
Moro usou como analogia sua grande inspiração, a operação Mãos Limpas, desencadeada pela procuradoria de Milão nos anos de 1990 para combater a corrupção no Governo italiano, para afirmar que o futuro da Lava Jato corre perigo. “De 1992 a 1994, a Mãos Limpas teve uma importância tremenda, mais do que a Lava Jato tem hoje em dia”, afirmou, citando os mais de 4.500 investigados e 800 presos na ação italiana. No entanto, continuou o juiz, “depois de 1995 houve uma reação significativa do poder político, que eliminou ganhos da operação”. De acordo com ele, foram aprovadas leis que favoreceram os suspeitos: “O resultado foi que 40% dos 4.500 investigados foram beneficiados por leis de anistia ou com a prescrição do caso”, diz.
O exemplo, segundo ele, “é importante para mostrar que o futuro [da Lava Jato] não está garantido”. Moro disse ainda que muita gente o parabeniza nas ruas pelo trabalho feito no caso, e falam que a Lava Jato vai mudar o país. “Não acredito nisso, só mudará o país se houver mudanças reais no âmbito da iniciativa privada e das instituições públicas”, disse, defendendo em seguida o projeto de lei do Ministério Público Federal intitulado Dez Medidas Contra a Corrupção. Ainda em fase de coleta de assinaturas para ser enviado ao Congresso, o texto facilita repatriação de recursos de investigados por corrupção, além de dificultar a prescrição dos crimes. “O empresariado precisa apoiar essas medidas, até porque não acarretam aumento do gasto público”, afirmou.
Questionado sobre a proibição das doações de empresas a partidos políticos, aprovada no STF recentemente, Moro ficou em cima do muro. “Para admitir doações privadas é preciso que haja regras e transparência”, disse, para em seguida afirmar que “há uma série de indefinições quanto ao financiamento público de campanha (…) não sei se essa forma resolve problemas de caixa 2”. Ele também criticou a morosidade do Judiciário, e defendeu que um condenado em primeira instância comece a cumprir pena após sua primeira apelação.
É importante para mostrar que o futuro [da Lava Jato] não está garantido”
Moro criticou também o foro privilegiado para parlamentares e políticos, dizendo que isso contraria “o senso básico de Justiça, segundo o qual todos devem ser tratados da mesma forma perante a lei”. Ele afirmou, porém, que atualmente “foro privilegiado não é mais sinônimo de impunidade, e o caso do mensalão é um exemplo disso”.
O paladino da Lava Jato disse buscar inspiração em um juiz italiano nos momentos difíceis da operação. Trata-se de Giovanni Falcone, um precursor da Mãos Limpas morto pela Cosa Nostra em 1992. Antes de ser assassinado ele comandou um processo que culminou com a prisão de centenas de mafiosos. “Em situações de dificuldade, leio livros sobre ele, e penso: ‘bom, o buraco dele era bem mais fundo do que o meu’. E vamos para frente.”
No final, Moro mandou um recado ao empresariado: “A corrupção não é um problema só do poder público. Ele não age sozinho: há sempre alguém disposto a fazer pagamento de propina”.
“Tente
Não diga que a vitória está perdida
Pois é de batalhas que se vive a vida
Nada acabou.
Queira,
Basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo.
Tente outra vez”.
Admirável Raulzito! Toca em frente, Moro!
BOM DIA!!!
(Vitor Hugo Soares)
BOM DIA!!!
DEU NO BLOG POR ESCRITO (DO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES)
OPINIÃO
Marmelada judicial seria caso de povo na rua
O noticiário sobre a decisão do STF de tomar para si a prerrogativa de investigar a senadora Gleisi Hofmann (PT) foi todo ele carregado do sentimento negativo de que o fato “poderá mudar os rumos da Operação Lava-Jato”, seja pela postergação dos processos, seja pela nulidade de condenações em foro indevido.
A senadora é suspeita de ter despesas pessoais pagas pela Consist Software, que prestava serviços ao Ministério do Planejamento na gestão de seu marido, Paulo Bernardo, e a empresa ainda teria contribuído irregularmente para a campanha de Gleisi ao governo do Paraná em 2014.
Ao detectar essas informações nas investigações da Lava-Jato, o próprio juiz Moro remeteu os documentos ao STF, que agora tomou a decisão. Entendeu-se que os fatos descritos não têm relação com a corrupção na Petrobras e foram praticados em São Paulo e Brasília – além disso, a senadora tem foro especial para qualquer tipo de crime.
Ainda bem que temos uma corte suprema destinada a interpretar e defender a Constituição, e, se assim é, só nos resta acatar a maioria de ministros que viram necessidade de pôr os feitos nos seus respectivos lugares, pois aquela plêiade de homens sábios não trairia deliberadamente sua consciência jurídica.
A leitura aqui é necessariamente outra. Viva a decisão, porque agora teremos a confirmação de que existe Justiça no país, e não apenas o juiz Sérgio Moro e o ministro aposentado Joaquim Barbosa. Não podemos crer que tenham sido inócuas a criação do nosso arcabouço legal e a implantação da custosa estrutura do Poder Judiciário.
Claro que o que leva a imprensa – até a internacional – a suspeitar é o “benefício” a uma senadora do PT, profundamente ligada ao governo Dilma Rousseff, do qual foi ministra, mas a preocupação não condiz com o momento atual do país. Para ficar no campo dos símbolos, Gleisi Hoffmann, se for esta a questão, é tão passível de prisão quanto o poderoso empresário Marcelo Odebrecht.
Investigações que eventualmente venham a ser realizadas na Justiça paulista e na da capital federal, caso tenham os ingredientes que as tornem de alto interesse público, serão acompanhadas por uma nação mais atenta à realidade. Se for constatada em qualquer delas uma improvável marmelada, que a imprensa livre denuncie e o povo saias às ruas.
Negócio fechado
Por falar nisso, será que vai haver manifestações populares depois que a presidente Dilma resolveu trocar o impeachment pelo Ministério da Saúde?
DO PORTAL DE NOTÍCIAS TERRA BRASIL
A presidente Dilma Rousseff viajou nesta quinta-feira para Nova York, onde a partir de hoje (25) participará da Cúpula sobre o Desenvolvimento Sustentável da ONU e, na próxima segunda-feira, abrirá a Assembleia Geral da entidade.
Dilma viaja em um momento que o país atravessa uma grave crise econômica, financeira e política, que levou a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P;) a reduzir a nota do Brasil ao nível BB+, chamada de “bônus lixo”.
Para combater a situação, Dilma adotou um duro e impopular plano de ajuste fiscal, que representa um forte corte das despesas e um aumento da arrecadação pela via tributária, contribuindo para desaquecer ainda mais uma economia que, segundo as projeções, terá neste ano uma contração de mais de 2,5%.
Antes de partir para Nova York, onde permanecerá quatro dias, a presidente participou de intensas negociações políticas para reduzir de 39 para 29 o atual número de ministérios, uma medida para reforçar a diminuição de gastos e transmitir uma mensagem de que o governo também está apertando o cinto.
A agenda de Dilma prevê que ela estará amanhã no discurso do papa Francisco no plenário da Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, que contará com a presença de cerca de 150 líderes mundiais.
No sábado, ela se reunirá com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e com o presidente da Índia, Pranab Mukherjee, para discutir assuntos relacionados com o processo de reforma da ONU e, em particular, o Conselho de Segurança da entidade.
O Brasil e os outros três países integram o chamado G4, que defende a necessidade de a ONU aprofundar e avançar na negociação para uma reforma do Conselho de Segurança que signifique uma ampliação do número de membros permanente e não permanentes.
No domingo, Dilma discursará na Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, o fim do processo de negociações iniciado durante o Rio+20, realizado em 2012 e no qual o Brasil tem um particular empenho.
Segundo fontes oficiais, a presidente aproveitará a oportunidade para antecipar detalhes da Contribuição Prevista Determinada em Nível Nacional (INDC, na sigla em inglês), que o Brasil apresentará na Conferência do Clima (COP21), em dezembro, na França.
No mesmo domingo, Dilma comparecerá a um almoço oferecido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, junto com os presidentes do Peru, Ollanta Humala, e da França, François Hollande, no qual serão tratados aspectos relativos à COP21.
Na segunda-feira, como é tradicional na ONU e por sua condição de chefe do Estado do Brasil, Dilma abre os discursos dos líderes na Assembleia Geral da entidade.