DEU NO BLOG O ANTAGONISTA
Na semana que vem, a união das oposições pelo impeachment
Para dar início ao plano já concertado com Eduardo Cunha, haverá na semana que vem uma reunião das oposições — que contará também com parlamentares do PMDB, como Geddel Vieira Lima. O manifesto dos líderes da oposição na Câmara, divulgado ontem, foi apenas um aperitivo.
As oposições vão se declarar unidas em torno da saída de Dilma Rousseff da Presidência e de um projeto de reconstrução nacional, atendendo aos anseios da sociedade. Será também anunciado que juristas renomados vão elaborar um pedido de impeachment.
“Não dá mais. A hora chegou”, disse um parlamentar ao Antagonista.
Passou da hora.
Rejeitar para aprovar: assim poderá começar o impeachment
Fernando Rodrigues, no UOL, antecipa como poderá ser o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o que nós acabamos de confirmar:
a) Para não parecer que está retaliando, Eduardo Cunha arquivará todos dos pedidos de impeachment…
b) Um deputado da oposição entrará com um recurso contra o arquivamento;
c) O recurso será levado ao plenário;
d) Bastará maioria simples dos presentes para aprovar o recurso: 257 dos 513 deputados;
e) Ou seja, com apenas 129 votos, começará o processo de impeachment
Essa combinação foi feita ontem.
Três aspectos estão meio dissonantes nessa história:
Eduardo Cunha não está em condições de concertar nada.
Geddel Vieira Lima não é parlamentar.
Um processo de “impeachment” só se inicia com aprovação de dois terços do plenário. Será que O Antagonista sugere que a jogada do arquivamento/desarquivamento poderia driblar o quórum constitucional qualificado?
Obs: não entendi o item “e”, dos 129 votos.
Concordo, Luis. A nota de O Antagonista (que BP republica) carece de maiores e melhores explicações e esclarecimentos.
No caso de Geddel, imagino que o autor da nota possa ter confundido o ex com o irmão , Lúcio Vieira Lima.
No mais, estou com com você, e digo como os soteropolitanos: “fico no aguardo”.
Cunha que se cuide. Pode acabar no Paraná. Na cadeia.
Isso mesmo, Taciano. Isso mesmo. Na mosca. Tim Tim!!!
Esta certo o Fernando Rodrigues, ele assinala o requisito para o acolhimento de recurso.
A tramitação do recurso depende de maioria simples, obtida quando presente o quorum minimo de metade dos deputados, assim, 129 votos a favor do acolhimento do recurso é suficiente em caso de 257 parlamentares em plenário. Adicione-se, a isto, o fato de que atualmente o governo só conta com 130 parlamentares ditos fiéis. O risco, portanto, é enorme.
Francamente, como alguém pode dar crédito a manobras envolvendo políticos como Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha?