Tuna Espinheira há 28 anos (1982), nas filmagens
de “O cisne também morre”, abraça o grande poeta baiano
Carlos Anysio Melhor.
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Cinema e suas sete vidas…
Maria Aparecida Torneros
Art 1 o canal que apresenta Godard, Truffaut e nouvelle vague nesta madrugada de primeiro de março.
Zapeei sem sono e encontrei um tesouro.
O repensar de um cinema francês revolucionando e questionando o conteúdo dos seus roteiros. Falado em francês com imagens incrÃveis e nostálgicas.
1968 e suas revoltas. Art sétima ou eterna no ocidente. Um presente para o repensar de um mundo em crise. Quando li hoje o artigo de jornalista baiano Vitor Hugo Soares homenageando o cineasta conterrârneo Tuna. .. vi-me enredada em ideologias de realidade e fantasia.
Sigo assistindo o documentário do Art 1 e revejo a imaginação criativa de um grupo que sonhou fazer cinema de reflexão social e comportamental.
Reproduzem cenas e diálogos. Personagens fortes trazidos à tela por Trauffat e Godard. O rompimento. As divergências e as cartas de afastamento.
A melancolia do fim da nouvelle vague. E o triunfo do cinema de bilheteria. Será? Vem da Bahia um lamento protesto e de lá pode vir muito mais. O mundo do Oscar e do Caesar são dois lados da mesma moeda.
O cinema alternativo e independente. As co-produções. Quem sabe asiáticos indianos e sulamericanos invadam este campo?
Sétima arte pode ter fôlego de Sete vidas e ressurgir logo. Por que não?
Cida Torneros, jornalista e escritora, mora no Rio de Janeiro. É editora do Blog da Mulher Necessária.