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DEU NO BLOG POR ESCRITO (DO JORNALISTA LUIS AUGUSTI GOMES)
O Carnaval eram só três dias, sem contar o tradicional desfile do Rei Momo na quinta antes da festa. Na quarta-feira de Cinzas, tudo estava absolutamente parado, e era programa na Salvador da década de 60 juntar-se pequena multidão na porta da Delegacia de Jogos e Costumes, na Misericórdia, à s 10 da manhã, para ver saÃrem os detidos na folia, geralmente por briga.
Aos poucos, incorporou-se naturalmente o sábado ao único circuito então existente, mas de maneira tÃmida. Era possÃvel, por exemplo, na noite desse dia no inÃcio dos anos 70, encostar o carro numa ruela qualquer vizinha à Avenida Sete e beber uma cerveja calmamente, numa das muitas barracas, com mesas e banquinhos sobrando, vendo passar as atrações.
Na década de 90, o governador Antonio Carlos Magalhães decretou: a sexta-feira seria feriado no Estado para fechar o Carnaval de seis dias, fato recebido com satisfação pela grande rede de blocos e trios, além de uma indústria musical que viria, do ponto de vista comercial, colocar a Bahia no cenário nacional.
Daà a emendar com a própria quarta de Cinzas, foi um pulo. Depois, vieram as bandas do meio da semana, e como o Carnaval de Salvador é um organismo vivo, cresce em participação e espaço. A intenção do prefeito ACM Neto, agora, é fazer com que a festa comece no domingo, ou seja, mais a noite da sexta e o sábado, totalizando 13 dias.
É pouco comum, mas eventualmente temos o ex-trÃduo momesco coincidindo com a festa de Iemanjá, no comecinho de fevereiro. Indo pra trás no calendário como vem ocorrendo, certamente com muitos beneficiários, chegará o dia em que festejaremos o Carnaval junto com a Lavagem do Bonfim. AÃ, toda a Cidade Baixa estará tomada. (LAG)
Triste Bahia? A questão, Luis, e’ a seguinte: 1) quanto gera a indústria do Carnaval e do entretenimento em Salvador? 2) Quem saà lucrando?
OBS: o mal do sabido e pensar que todo mundo e’ bobo. Está na hora de tirar ACM Neto da prefeitura.
Luis, pergunte ao TCM onde estão os maiores problemas nas contas das prefeituras do interior. Salvo engano, a resposta será: pagamento de bandas. Bjo.