DEU NO CORREIO DA BAHIA
Da Redação
Uma troca de tiros no Cabula, em Salvador, deixou pelo menos 13 pessoas mortas e três feridas na madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com a Central de PolÃcia, o tiroteio aconteceu por volta das 4h, na Estrada das Barreiras, entre um grupo com cerca de 30 homens e uma guarnição da PolÃcia de Rondas Especiais (Rondesp Central).
Segundo a PolÃcia Militar, a guarnição da Rondesp recebeu a informação de que o grupo planejava arrombar uma agência bancária na Estrada das Barreiras. A PM encontrou um veÃculo abandonado durante uma ronda na área, e ao investigar a denúncia, percebeu que cerca de 30 homens estavam escondidos em uma baixada.
A guarnição foi recebida a tiros, e um sargento da Rondesp foi atingido de raspão na cabeça. A PM revidou e feriu 16 homens durante o confronto. Eles foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Das vÃtimas, doze não resistiram aos ferimentos e morreram após dar entrada na instituição. Já nesta manhã, mais uma delas morreu. Entre elas estava um adolescente.
O sargento baleado durante a troca de tiros também foi socorrido, medicado e liberado ainda na manhã desta sexta-feira (6). Segundo a PolÃcia Civil, todas as vÃtimas eram do sexo masculino. As outras três pessoas feridas no tiroteio continuam internada na unidade médica. Dois passaram por cirurgia e estão em estado grave. O terceiro homem não corre risco de morrer.
De acordo com a PM, junto com os criminosos foram encontrados uma grande quantidade de drogas ilÃcitas e 16 armas, muitas de calibre restrito. O policiamento foi intensificado na Estrada das Barreiras para impedir retaliações ou ameaças à população do bairro.
A identidade dos envolvidos ainda não foi divulgada pela polÃcia. Os corpos das vÃtimas fatais serão encaminhados ao Departamento de PolÃcia Técnica (DPT) de Salvador, onde deverão passar por perÃcia.
Caso similar aconteceu no dia 17 de janeiro; relembre
Há 21 dias, também na Estrada das Barreiras, dois homens morreram e um tenente da PM ficou ferido em outra troca de tiros no local. O confronto aconteceu na madrugada do dia 17 de janeiro, em uma localidade conhecida como Vila Moisés.
Uma guarnição da Rondas Especiais (Rondesp/Central) realizava uma ronda no local quando suspeito da atitude de dois homens, que se esconderam ao ver a polÃcia. De acordo com a PolÃcia Militar, os policiais desceram da viatura e realizaram buscas no local.
Foi neste momento que eles encontraram um grupo de homens, que passou a atirar contra a PM. Um tenente da Rondesp foi baleado no pé direito, e durante o confronto, dois integrantes do grupo também foram baleados, enquanto os demais fugiram.
Tanto o tenente quanto os dois suspeitos foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Uma das vÃtimas foi identificada como Alexandre Leal, 22 anos. A dupla envolvida no tiroteio não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada na instituição médica.
Já o militar foi transferido posteriormente para o Hospital São Rafael. O segundo rapaz que morreu após ser baleado no tiroteio ainda não foi identificado pelas polÃcias Civil e Militar.
Após a troca de tiros com o grupo, os policiais da Rondesp apreenderam duas armas – uma pistola Glock 9mm e um revólver de calibre 38. Também foram apreendidos 40 trouxas de maconha, cartuchos e cápsulas. A ocorrência foi registrada na Delegacia de HomicÃdios e Proteção à Pessoa (DHP)), para onde o material apreendido também foi levado.
Caro VÃtor, seu “Ô, Bahia!” em momento de grande expressão.
Saà hoje para diversos misteres à s 6h20, e nestas sete horas, já que só agora retorno à casa para abrir o computador – recuso-me a estar 100% on line, onde já se viu? -, ouvi em rádios e tevês e na boca das pessoas a total aprovação a esse massacre.
Moralmente, tudo é válido numa troca de tiros, mas você aspeou muito bem. Afinal, o placar foi 13 a zero.
Sem querer me alongar, porque, às vezes, dá um cansaço, sem também entrar no mérito, do jeito que as coisas são e vão, pode-se matar em progressão geométrica que o problema não será resolvido.
Tenho de recordar o velho esquerdista baiano cujo nome me sumiu da memória: “O povo não é culpado nem da própria ignorância”.
Talvez o sejam radialistas, jornalistas, advogados, engenheiros, médicos e tantos outros letrados que assepticamente engolem a matança.
VÃtor, eis que, na pressa, esqueci o elementar: a nova polÃtica de segurança mostrou a cara.