DEU NO EL PAIS
O Congresso dos Estados Unidos tem resistido, quase como regra, a aprovar os orçamentos apresentados pelo presidente Barack Obama e tudo indica que este não será a exceção. Em Washington começa a ser encenada a mesma comédia orçamentária desde que o mandatário democrata entrou na Casa Branca, chegando ao cúmulo do grotesco quando em 2011 foi realizado o famoso sequestro como uma medida de pressão para obrigar os republicanos a negociar e chegar a um acordo sobre as contas da nação ou, do contrário, aconteceriam cortes automáticos no valor de 1,2 trilhão de dólares. As negociações foram rompidas e ocorreu o sequestro.
Nos dois últimos anos de seu mandato, com a economia florescendo e o desemprego chegando a 5,2% este ano – o que estaria na linha do pleno emprego –, Barack Obama marcou suas prioridades e elas não têm nada a ver com a austeridade nem com o equilíbrio do déficit. O presidente, como já antecipou em seu discurso sobe o Estado da União no final do mês passado, pretende cortar o que, do contrário, pode definir uma era: a cada vez maior distância entre os ricos e o resto dos cidadãos.
“Precisamos ser inteligentes sobre como escolher nossas prioridades”, declarou Obama na manhã desta segunda-feira, 3, para acrescentar que isso era o que fazia seu orçamento, revitalizar as velhas infraestruturas da nação, apostar na educação dos jovens, investir em saúde e fortalecer uma classe média que, na opinião do mandatário, já esperou por muito tempo.