Em reunião promovida pela Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA), representantes de vários shoppings centers de Salvador confirmaram que vão cobrar pelas vagas de estacionamento.
Os representantes dos shoppings Piedade e Center Lapa disseram que passarão a cobrar o mais breve possÃvel. “Para nós, a cobrança é uma questão de necessidade, pois estamos localizados no Centro, região com poucas opções de estacionamento. Guardamos o carro de pessoas que não consomem e ocupam as vagas durante todo o dia”, disse Carlos Medeiros Netto, representante do Piedade.
O representante do Center Lapa, Eduardo Faria, ressaltou que, mesmo oferecendo um estacionamento gratuito, o empreendimento investe pesado em segurança, e ainda é responsável por cobrir danos e roubos dos veÃculos.
“Já tivemos que ressarcir um ambulante que usou uma vaga para estacionar o carro enquanto trabalhava e teve o veÃculo roubado”, conta.
Dentre os presentes, o único representante que afirmou que não vai efetuar a cobrança foi o do Outlet Center. “Não temos interesse em cobrar”, afirmou o empresário Emmanuel Maluf, falando pelo centro de compras do bairro do Uruguai.
Durante o encontro, algumas propostas desagradaram os empresários. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Haroldo Nuñez, sugeriu que os consumidores ficassem isentos de pagar pelas vagas, por meio de uma nota fiscal que comprovasse a compra no estabelecimento. Entretanto, a maioria dos representantes
e empresários presentes discordou da medida.
José Carlos Poroca, representante do Barra, defendeu que cada centro de compra tem autonomia para decidir como cobrar: “Não é interessante isentar consumidores dessa forma, porque as notas podem ser comercializadas dentro do shopping. Além disso, o investimento com o estacionamento beneficia tanto consumidores como não consumidores”.
Segundo Ricardo MaurÃcio, superintendente do Procon-BA, essa é apenas a primeira de outras reuniões. “O nosso objetivo é acompanhar as discussões e defender que a cobrança cause o menor impacto possÃvel ao consumidor”, disse.
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