======================================
DEU NO BLOG POR ESCRITO, EDITADO PELO JORNALISTA LUIS AUGUSTO GOMES
É desnecessário dizer quanto incomoda não ao povo em geral, que pouco está se lixando para o fato, mas à inteligência, à intelectualidade, às fontes de pensamento, a permanência do nome do falecido deputado Luís Eduardo Magalhães no Aeroporto de Salvador.
Compreende-se esse inconformismo, porque o episódio do 2 de Julho está distante da eventual libertação provinciana do jugo de algum invasor, tendo sido a consolidação a sangue de uma declaração de independência nacional que não passava de mero gesto político.
“Sem ódio e sem medo”, como dizia na década de 70 o slogan eleitoral do bravo ex-deputado Élquisson Soares, podemos acatar as qualidades pessoais e políticas de Luís Eduardo, referendadas por inquestionável eleição à presidência da Câmara dos Deputados, aonde não se chega por DNA.
Mas a verdade, sobre o Aeroporto 2 de Julho, é que nem seu pai, o deputado, prefeito, governador, senador e ministro Antonio Carlos Magalhães, se tivesse morrido antes do filho, teria merecido tal honraria.
Nestes tempos atuais, em que o povo sai às ruas e diz que ninguém precisa usar máscara, pois todos conhecemos a cara de cada um, é imperativo que se sepulte o politiquismo que propiciou esse esbulho contra uma data histórica e, sobretudo, heróica do povo brasileiro.
Que se reúnam os mesmos que, recentemente, sob intensa pressão popular, rejeitaram a PEC 37 – algemas no Ministério Público –, e aprovaram a condição de crime hediondo para a corrupção, e restaurem, enfim, a denominação do Aeroporto 2 de Julho, sem desonra ou demérito para Luís Eduardo, de valor reconhecido por aliados e adversários.
Redentor canarinho. Foto: Gilson Nogueira (Rio)
=====================================
http://youtu.be/nJ8FGPHCFME
==================================
CRÔNICA/ BAILADO
Sorriam,espanhóis!
Gilson Nogueira
No mundo do futebol, os países que o praticam, hoje, correm atrás da bola de maneira bem parecida, ou seja, tocam a redonda, no campo de jogo, de pé a pé, sem novidade alguma, fazendo a pelota deslizar nos campos do planeta como acontecia nos primórdios desse esporte na Inglaterra, onde ele foi inventado, ou, antes, penso eu, quando os homens das cavernas resolviam brincar com o que encontravam pela frente, preferentemente, capucos de manga, cocos secos ou pequenas caveiras, entre outras coisas redondas, ou quase redondas, como a bola.
A novidade, no momento, é a mágica da Espanha em transformar o toque comum às quadras de futebol de salão no diferencial de sucesso para as conquistas de sua seleção, no gramado, tendo como referência o jeito de atuar do Barcelona, ou melhor de trocar passes dos seus jogadores, entre uma jogada e outra, em direção à meta adversária. Bonito e, ao mesmo tempo, chato.
Eu disse jogada?
Pois é, é aí que o bicho pega, como diz o brasileiro.Nem espanhóis, nem italianos, nem uruguaios, muito menos mexicanos, haitianos (grande exemplo de grandeza esportiva para a humaniade) e outros chegaram perto do estilo de jogar futebol do escrete brasileiro, campeão, pela quarta vez, da Copa das Confederações e, cinco vezes, campeão do mundo. Falta a jogada que só o jogador de futebol brasileiro saber fazer. Ele joga e dança futebol.
Tem mais, o detalhe que o coloca como dono do melhor futebol do mundo é perceptível em qualquer campinho de várzea, pedaço de praia, canto de rua, quadra de colégio, fundo de quintal e, até, porão de navio, entre outros locais, ou seja, o jeito de fazer do futebol carnaval com a bola nos pés. Só isso.
Ah, com todo o respeito aos talentosos espanhóis, que engoliram três gols de lembrança na final do Maracanã, além de ser o país do futebol, a maior paixão do seu povo, o Brasil tem a ensiná-los, de agora em diante, e sempre, o seguinte:sejam humildes e, se possível, sorriam!
O futebol brasileiro, como sugeriu o técnico Felipão, referindo-se ao promissor Bernard, tem alegria nas pernas. Falta isso à Espanha.
Gilson Nogueira é jornalista, colaborador da primeira hora do BP
==================================================
======================================================
DEU NO PORTAL BRASÍLIA EM PAUTA
Daniela Novais
Não surtiu efeito a estratégia de adiantar o cortejo do 2 de Julho, em comemoração à Independência da Bahia, para evitar protestos. Por volta das 6h da manhã, uma alvorada de fogos de artifícios marcou o dia que celebra a data magna na Bahia, na Lapinha e as manifestações estavam lá. Uma mulher acertou o governador Jaques Wagner (PT) com um copo de cerveja e um desconhecido deu um tapa na cara do Secretário Estadual de Saúde Jorge Solla.
Munidos de bandeiras, muitos presentes usaram a vaia como arma para mostrar a indignação. Entre eles, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), Marcha das Vadias, militantes de partidos, servidores públicos, professores e torcedores do Bahia descontentes com a atual diretoria do clube.
Ocorrências – O protesto acompanhado pela Polícia foi pacífico, mas houve algumas ocorrências mais exaltadas, como o caso de Michele Perrone (foto), que foi detida após acertar o governador Jaques Wagner (PT) com um copo de cerveja. Policiais do Batalhão de Choque identificaram e a conduziram a um local afastado da comitiva do governador. Imprensa e manifestantes cercaram os policiais, que não sabiam em qual crime enquadrar a mulher e ela foi liberada.
Já o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla foi participar de um coro de vaias contra o prefeito ACM Neto (DEM) e recebeu um tapa na cara de um manifestante, que desapareceu na multidão. “Essa é uma festa do povo, que vai às ruas celebrar a história e homenagear os heróis da Independência. O civismo sempre foi o tom dessa festa, e esse ano ainda mais, por conta das manifestações e do clamor que vem das ruas”, disse ACM Neto.
Reivindicações – Servidores do município, que estão em greve por maiores salários, protestaram por melhorias de salário e de trabalho. Os médicos reclamam da política de importação de médicos sem a necessidade da submissão ao teste do Revalida para atuar em solo nacional. O MPL levou cartazes com críticas à organização dos grandes eventos esportivos e da redução na tarifa de ônibus. Integrantes da Marcha das Vadias protestam contra o projeto do Estatuto do Nascituro. Ativistas pelos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LGBT) protestam contra o “PDC da Cura Gay”.
Já torcedores do Bahia cantaram o hino do clube e levaram uma faixa dizendo: “O gigante ainda não acordou. Intervenção já”. Eles querem a saída do presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho e fazem o protesto, mesmo o time estando em boa fase no Campeonato Brasileiro.
Não faltaram os partidos políticos e entidades de classe, que todos os anos levam seus protestos ao cortejo cívico. Filiados do PSOL criticaram ACM Neto, protestando contra a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo de Salvador (Sucom), que havia proibido faixas, placas e painéis publicitários durante o cortejo, com uma faixa dizendo: “ACM Neto, venha tomar a minha faixa!”.
Cortejo – Após o cortejo cívico entre o Largo da Lapinha e o Pelourinho, no período da tarde, haverá o hasteamento da bandeira da Bahia no Forte São Marcelo e uma homenagem da Câmara Municipal aos heróis da Independência. O cortejo, então, seguirá para o Campo Grande. A previsão de chegada dos carros emblemáticos e das autoridades ao bairro é por volta das 16h30. No percurso haverá uma saudação ao caboclo e a cabocla em frente à Biblioteca Anísio Teixeira, na Ladeira de São Bento.
Os festejos serão finalizados com a execução do hino nacional pelas bandas de música da Marinha, Exército, Aeronáutica e Polícia Militar. Também haverá a colocação de coroas de flores no monumento ao Dois de Julho, pelas autoridades presentes.
( Com informações do Correio* , A Tarde e blog Política Livre).
DEU NO SITE DA REVISTA VEJA
Acesso ao porto de Santos foi liberado após ação da polícia; São Paulo tem protesto de motoristas e cobradores
A terça-feira começou com mais protestos de caminhoneiros em rodovias. Pela manhã, houve bloqueios em estradas federais e estaduais de dez estados. É o segundo dia em que caminhoneiros ligados ao Movimento União Brasil Caminhoneiro, grupo que representa a classe e empresas do setor, promove o fechamento de estradas. Na maioria dos trechos bloqueados, apenas caminhões são impedidos de passar. Veículos comuns têm que usar apenas uma pista.
Na segunda-feira, caminhoneiros já haviam bloqueado estradas em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, entre outros.
============================================
ACM Neto, hoje, nas ruas do 2 de Julho.
Foto: Ticiane Bicelli/Metropress
==================================================
DEU NO PORTAL DA METRÓPOLE
Houve vaias, houve até grito de “Lúcifer”, mas, no cortejo de 2 de julho, ACM Neto continuou desfrutando da popularidade conquistada ao virar prefeito de Salvador. No geral, o clima da comitiva do democrata foi de festa, com muita gente ao redor, assédio de populares e, claro, um ou outro papagaio de pirata.
* Com informações de Ticiane Bicelli – Rádio Metrópole, Amanda Palma – Jornal da Metrópole e Itacília Lôbo – Metro1
O poema O Descobrimento, de Mário de Andrade, declamado por Ferreira Gullar. E participação do Grupo Uakti.
Salve as Folhas ( Gerônimo & Ildásio Tavares)
Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada
Quem é você e o que faz por aqui
Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha
Sou Aroni
Cosi euê
Cosi orixá
Euê ô
Euê ô orixá
Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem festa
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada
Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha
Sou aroni
============================================
Salve o 2 de Julho: dos baianos e dos brasileiros.
Principalmente os que estão nas ruas e nos campos somando vozes de protestos e reivindicações.
E não cessam de lutar!
Bahia em Pauta vai junto.
(Vitor Hugo Soares)
============================================================
Dois de Julho é Chetuá
Marlon Marcos
Há na simbologia dos chamados candomblés de caboclos, para além de toda uma resistência contra a invisibilidade gerada também pelo nagocentrimo, que consiste em valorizar tão somente as tradições tidas como de origem iorubana, a alegria de festejar a vida de humanos com seus seres encantados, com o samba, a dança, o fumo, a cerveja preta, a Jurema, as frutas, o passe, a fala, as cantigas de sotaque e o abraço quase sempre de bom coração. Acirrando uma aproximação que é vital para quem pratica alguma das religiões afro-brasileiras.
Os caboclos são seres encantados advindos das culturas indígenas brasileiras que se misturaram aos encantados de origem africana e, aqui, no Brasil, fixaram-se no imaginário do povo negro-mestiço pertencente ao candomblé. A abertura dos congo-angola, numa grande sinalização de grandeza espiritual e política, foi fundamental para que esta prática chegasse até os tempos atuais e pudéssemos assim, celebrar a nossa ancestralidade indígena.
O Dois de Julho é a data maior da nossa configuração como povo, elemento fundante que aglutina populares para se orgulharem de sua capacidade de luta e transformação, e, por questões históricas, foi marcada pelo símbolo do Caboclo e da Cabocla, senhores representacionais que identificam estes populares nascidos na Bahia.
É no Dois de Julho, que terreiros baluartes para o culto dos caboclos tocam sem vergonham e esconderijos, e celebram a memória e a presença desses seres entre nós: no Tumbenci, de mãe Zulmira; no Mokambo, de Pai Anselmo; do Ibomin, de mãe Odalici de Odé; do São Jorge da Gomeia, de mãe Lúcia; para não falar dos mais antigos que, se não tocam neste dia, celebram constantemente essas entidades. No caso, o Bate Folha deve ser destacado como o mais antigo em atividade, a festejar os caboclos no Dois de Julho.
Neste dia, as ruas da Cidade da Bahia se vestem de verde e amarelo, e muitos terreiros também, aspirando a força indígena que marca nosso sangue, nossa cultura, nossa história. É como o entoar do cântico antropológico de Maria Bethânia, no disco Encanteria, saudando: Chetuá!
Marlon Marcos é antropólogo, ou parra ser mais exato com a sua identificação, um poeta em busca da poesia da antropologia.Amigo e colaborador do BP.
TATAU E ORQUESTRA SINFÔNICA DA BAHIA-HINO AO 2 DE JULHO, GRAVADO NO TEATRO CASTRO ALVES DE SALVADOR PELA TVE-IRDEB-SALVADOR-BAHIA.
Letra do Hino “Dois de Julho”
(Hino da Bahia)
Letra: Ladislau dos Santos Titara
Música: José dos Santos Barreto
Nasce o sol a 2 de julho
Brilha mais que no primeiro
É sinal que neste dia
Até o sol é brasileiro
Nunca mais o despotismo
Referá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros corações
Salve, oh! Rei das campinas
De Cabrito e Pirajá
Nossa pátria hoje livre
Dos tiranos não será
Cresce, oh! Filho de minha alma
Para a pátria defender,
O Brasil já tem jurado
Independência ou morrer.