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DE FRENTE PRO CRIME
Música e letra: João Bosco
Interpretação: MPB4
Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém…
O bar mais perto
Depressa lotou
Malandro junto
Com trabalhador
Um homem subiu
Na mesa do bar
E fez discurso
Prá vereador…
Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então…
Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém…
Sem pressa foi cada um
Pro seu lado
Pensando numa mulher
Ou no time
Olhei o corpo no chão
E fechei
Minha janela
De frente pro crime…
Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então…(2x)
Tá lá o corpo
Estendido no chão…
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Perdoem o mau jeito! Os dias, infelizmente, ainda são assim!!!
(Vitor Hugo Soares)
É isso, meu irmão! As pessoas continuam fechando suas janelas para os crimes, para a pobreza, para as mazelas da vida, achando que, desta forma, não deixam a miseria humana lhe chegar perto, não se “contaminam” com a dor e a tristeza do outro. Não é assim que se faz quando se para no sinal e alguem se aproxima do carro?
Pois é assim que se faz também com o semelhante que chora de fome ou de dor. E viva o tal do espÃrito natalino! Os shoppings continuam cheios, pois é assim que se pensa que se celebra o Natal.