Criança diante da tragédia em Newtown
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DEU NO PORTAL EUROPEU TSF
Um dia depois do tiroteio que provocou 27 vítimas, entre as quais 20 crianças, numa escola de Newtown, no Connecticut, procuram-se respostas e explicações.
A jornalista Teresa Dias Mendes resume os últimos acontecimentos
A maior questão é o que terá levado Adam Lanza, de 20 anos, a entrar numa escola armado para tirar a vida a quase 30 pessoas, incluindo a própria mãe.
O Washington Post, que cita um fonte policial, refere que foram encontradas duas pistolas e uma espingarda no carro onde seguia Adam Lanza e que as armas teriam sido adquiridas legalmente.
O irmão de Adam, Ryan Lanza, chegou a ser apontado como responsável pelo tiroteio, uma informação que foi desmentida mais tarde. Ouvido pela polícia, Ryan Lanza referiu que o irmão sofria de distúrbios de personalidade.
Fontes policiais dizem que Ryan Lanza não ofereceu resistência e colabora nas investigações do caso, apesar de não ter contato com o irmão desde 2010.
Além das 26 pessoas assassinadas na escola Sandy Hook, em Newtown, entre as quais 20 crianças, foi também encontrado o corpo do atirador, que se terá suicidado, e de Nancy Lanza, a mãe do suspeito, numa casa próxima da escola.
Ainda por esclarecer está o fato de Nancy Lanza, uma professora do ensino primário, ter registadas três armas em seu nome.
Mais uma vez despertamos na América dos sonhos possíveis, das cercas brancas em casas confortáveis, ao som de balas assassina acertando corações e cabeças inocentes, dessa vez menores de 10 anos na sua maioria, calando-os para sempre e interrompendo vidas recém iniciadas…É a mesma velha historia se repetindo, o mesmo gosto ruim na boca e as mesmas perguntas embaralhando o pensamento: POR QUE?
Como entender cenas como estas? Como explica-las e, muito menos, como justifica-las? Impossível! Mas, uma coisa podemos tentar lembrar nesses momentos de terror em que a sociedade fica entre o firmamento e seus botões numa afirmativa egocêntrica: “Essas coisas não poderiam acontecer aqui”. Como se nunca aprendêssemos as lições que são repetidas e quase iguais: Um louco se apodera de armas e munições e surpreende escolas ou salas de cinema eliminando em poucos segundos vidas e sonhos… É a realidade e parece que somos impotentes de muda-la, ou nem sequer tentamos…
As lágrimas do Presidente não me comovem, suas palavras elaboradas e adequadas citações me entediam, a falta de mobilidade do publico nas ruas demonstrando insatisfação com a falta de ação dos políticos e legisladores com respeito a normas que limitariam o uso e venda indiscriminado de armas de fogo de grande potência que não tem outra função que de matar, e, sobretudo a inércia quanto à modificação de legislação impedindo os pais ou associados de agir de uma forma pro-ativa diante de quadros de deficiência mental evidente e gritante que poderiam obrigar o paciente a um tratamento ou pelo menos uma observação profissional adequada. Ouvimos sempre o mesmo: “Era uma pessoa calada, isolada, por desejo próprio ou por não aceitação dos outros, um estranho”, mas essa pessoa leva tempo elaborando um plano macabro, comprando armas, aprendendo a usa-las, deixando pistas que ninguém quer ver e muito menos enfrentar, por medo de estar invadindo sua privacidade protegida por lei. Só se pode enfrentar esse “monstro” depois da tragédia acontecida.
E nem começamos a arranhar o complicado labirinto das ações sociais de comportamento humano num sistema altamente competitivo e frio… “Por que não aqui?”
Basta, eu diria, gritaria!!!!!!