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Texto de Regina postado na área de comentários, que o Bahia em Pauta, pela relevância, reproduz em seu espaço principal de notícia e opinião (VHS)
OPINIÃO/TRAGÉDIA AMERICANA
“Por que não aqui?”
Regina Soares
Mais uma vez despertamos na América dos sonhos possíveis, das cercas brancas em casas confortáveis, ao som de balas assassinas acertando corações e cabeças inocentes. Dessa vez, menores de 10 anos na sua maioria, calando-os para sempre e interrompendo vidas recém iniciadas…
É a mesma velha historia se repetindo, o mesmo gosto ruim na boca e as mesmas perguntas embaralhando o pensamento: POR QUE?
Como entender cenas como estas? Como explica-las e, muito menos, como justifica-las? Impossível! Mas, uma coisa podemos tentar lembrar nesses momentos de terror em que a sociedade fica entre o firmamento e seus botões numa afirmativa egocêntrica: “Essas coisas não poderiam acontecer aqui”.
Como se nunca aprendêssemos as lições que são repetidas e quase iguais: Um louco se apodera de armas e munições e surpreende escolas ou salas de cinema eliminando em poucos segundos vidas e sonhos… É a realidade e parece que somos impotentes de muda-la, ou nem sequer tentamos…
As lágrimas do Presidente não me comovem. Suas palavras elaboradas e adequadas citações me entediam. A falta de mobilidade do publico nas ruas demonstrando insatisfação com a falta de ação dos políticos e legisladores com respeito a normas que limitariam o uso e venda indiscriminado de armas de fogo de grande potência que não tem outra função que a de matar, e, sobretudo a inércia quanto à modificação de legislação impedindo os pais ou associados de agir de uma forma pro-ativa diante de quadros de deficiência mental evidente e gritante que poderiam obrigar o paciente a um tratamento ou pelo menos uma observação profissional adequada, me angustiam.
Ouvimos sempre o mesmo: “Era uma pessoa calada, isolada, por desejo próprio ou por não aceitação dos outros, um estranho”, mas essa pessoa leva tempo elaborando um plano macabro, comprando armas, aprendendo a usa-las, deixando pistas que ninguém quer ver e muito menos enfrentar, por medo de estar invadindo sua privacidade protegida por lei. Só se pode enfrentar esse “monstro” depois da tragédia acontecida.
E nem começamos a arranhar o complicado labirinto das ações sociais de comportamento humano num sistema altamente competitivo e frio… “Por que não aqui?”
Basta, eu diria, gritaria!!!!!!
Regina Soares, advogada baiana diplomada na Faculdade de Direito da UFBA, é especializada em eleições americanas. Mora há décadas na Califórnia , costa oeste dos Estados Unidos..
No fim do quinto parágrafo, depois da palavra adequada deveria vir: me angustiam…
para comcluir o pensamento.
Basta! Muito bom, para reflexão.
Concordo plenamente com Regina! Chega de se julgar pelo esteriótipo dos delinqüentes! Isto nada quer de dizer em casos como estes. É preciso buscar as causas e combatê-las de verdade, com medidas drásticas, doa a quem doer.
As lagrimas de Obama, também, a mim não comovem. O que me comove é a ação, a vontade de mudar este estado de coisa, por meio de medidas drásticas, duras e eficazes.
O mundo não agüenta mais assisti estas cenas macabras, de terror e de medo.
Inocentes pagando o preço por uma falta de política efetiva de combate a violência desenfreada vigente naquele país é algo que se admite ou se agüenta mais. Basta!
Faço minhas as palavras das Soares. Chega de conversa, queremos ações.