Marta:na campanha de Haddad
e no comando da Cultura
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DEU NO IG
Ricardo Galhardo –
iG São Paulo
Marta Suplicy (PT-SP) é a nova ministra Cultura e assume o cargo na próxima quinta-feira. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, deixa o cargo nesta terça-feira e será substituÃda pela ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy. A troca, confirmada nesta tarde pela Presidência da República, marca a entrada definitiva da presidenta Dilma Rousseff nas eleições municipais deste ano, já que o apoio de Marta ao ex-ministro Fernando Haddad na eleição paulistana foi decisivo na negociação.
A conversa que culminou na saÃda de Ana de Hollanda ocorreu na semana passada entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , em São Paulo. A entrega de um ministério a Marta atende a uma demanda antiga da ex-prefeita, que nunca escondeu a insatisfação por ter sido preterida nos processos que definiram as candidaturas do PT em São Paulo nas últimas eleições.
A saÃda de Ana de Hollanda foi confirmada após encontro da ministra com Dilma nesta tarde. Até o fim da manhã, no entanto, auxiliares diretos da ministra diziam não possuir nenhuma informação sobre a mudança. Assessores afirmavam que Ana de Hollanda participava normalmente de reuniões administrativas nesta terça e que a audiência com Dilma estava marcada há dois dias. Marta toma posse na próxima quinta-feira, segundo o Planalto.
Na nota que confirmou a demissão da ministra, Dilma “agradeceu o empenho e relevantes serviços prestados ao PaÃs” por Ana de Hollanda. Ao falar sobe Marta, a presidenta afirmou que a petista “vinha dando importante colaboração do governo no Senado, dará prosseguimento à s polÃticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da cultura nos últimos anos”.
Antes mesmo de assumir, Ana de Hollanda já aparecia na lista dos ministros com risco de perder o cargo. O principal motivo da insatisfação do Planalto é o fato de ela ter liderado uma inversão na polÃtica de flexibilização dos direitos autorais que vinha sendo comanda pelas gestões de Gilberto Gil e Juca Ferreira. Desde que tomou posse, Ana de Hollanda deu guinada no sentido de continuar garantindo esses direitos a artistas.
Dilma nunca escondeu a insatisfação com os resultados das polÃticas adotadas por Ana de Hollanda na pasta. Segundo pessoas com trânsito junto à presidenta, a ministra só não caiu antes por causa da instabilidade que marcou o primeiro ano de governo. No ano passado, ela chegou a balançar, mas acabou se segurando diante das sucessivas demissões de ministros por denúncias de corrupção.
Gota d’água
A gota d’água foi o fato de Ana de Hollanda ter divulgado há algumas semanas uma carta aberta endereçada à ministra do Planejamento, Miriam Belchior , sobre o orçamento do ministério. “Esses números colocam em risco a gestão e até mesmo a existência de boa parte das instituições culturais”, escreveu a ministra.
Nascida em uma famÃlia de artistas, Ana de Hollanda é filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista Maria Amélia Alvim, e irmã do compositor Chico Buarque. Pertenceu aos quadros do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e partipou de diversas campanhas eleitorais.
De 1983 a 1985 foi chefe do setor musical do Centro Cultural de São Paulo e, de 1986 a 1988, foi secretária de Cultura de Osasco. De 2003 a 2007, dirigiu o Centro de Música da Fundação Nacional de Artes do Ministério da Cultura. Ela assumiu a pasta em 2011 e sua gestão foi marcada por crises e crÃticas.
Que alÃvio em Ana de Holanda, tenho um CD seu, gosto muito, sua voz é doce e suave…Essas cobras criadas que giravam ao seu redor, picam e deixam bastante sequelas, acho que foi melhor prá você, em minha sincera e humilde opinião.
Regis
Salvador-Bahia.
26/09/2012