DEU NA REVISTA DIGITAL TERRA MAGAZINE
POR CLAUDIO LEAL
Depois de notificações (e críticas ácidas) dos mentores do Tropicalismo, a Odebrecht Realizações Imobiliárias recuou e decidiu abandonar o uso do nome “Tropicália” no batismo de um condomínio de luxo, em Salvador. É uma rara derrota da holding, um dos mais influentes grupos empresariais do País.
Nesta terça-feira (28), representantes da Odebrecht assinaram um acordo amigável com Caetano, que iniciou a reação, no Rio de Janeiro. Gilberto Gil e Tom Zé também referendaram o texto cuja a íntegra garante que não será cobrada nenhuma indenização, embora, desde o início, os artistas ressaltassem que não desejavam dinheiro: queriam apenas o fim da associação do movimento ao megaprojeto de construção civil. Pelo acordo, a construtora se compromete ainda a não citar qualquer canção tropicalista nas ações de marketing.
Localizado no bairro de Patamares, ao lado do parque ecológico de Pituaçu, o luxuoso (ex-) “Tropicália” oferece vista para o mar e suas coberturas têm 305,96 m², com quatro suítes, gabinete e quarto de empregada, além de vagas para veículos. A obra se incorporou à tendência de construir espigões na orla da capital baiana, após a polêmica elevação do gabarito. “Se este lugar fosse uma canção, o refrão seria: Viver, Viver, Viver”, diziam os folhetos promocionais. “Onde o Divino encontra o Maravilhoso”, meditava a propaganda, citando a música de Gil e Caetano.
Os tropicalistas se mobilizaram para obrigar a construtora a desistir do regalo honoris causa. Caetano, Gilberto Gil, Tom Zé e os herdeiros de Helio Oiticica manifestaram o descontentamento com a “homenagem” e acusaram a Odebrecht de fazer “uso comercial” do Tropicalismo.
Algumas das vozes de protesto:
“Manifesto-me aqui, como membro do movimento tropicalista e artista da música brasileira, para requerer aos senhores que cessem o uso indevido dos nomes das obras artísticas que foram e são referência no cenário artístico nacional e internacional, posto que tal uso, além de não autorizado, vai contra toda a filosofia desse movimento, cujos participantes jamais autorizariam vincular sua obra a um empreendimento imobiliário desse porte” (Tom Zé, em sua notificação).
“Fiz parte do movimento tropicalista, e tanto quanto meus amigos Caetano, Tom Zé, Rita Lee, e demais membros da Tropicália, além de César Oticica, representante do Projeto Oiticica, agradeço e dispenso a homenagem. Mais ainda, recuso a homenagem, por não entendê-la nesse sentido, e ratifico o pedido feito a V. Sa. de que reveja essa V. decisão e mude o nome do condomínio e de seus prédios” (Carta de Gilberto Gil a Marcelo Odebrecht, diretor-presidente da Odebrecht).
“Se a construtora queria de fato referendar o movimento tropicalista deveria começar por respeitar a vontade de seus criadores” (…) “Prefiro apelar para o bom senso de executivos da Odebrecht, uma empresa baiana, pedindo que retirem os nomes do movimento e das canções a ele ligadas. Não quero dinheiro nenhum deles” (Caetano Veloso, em entrevista a Terra Magazine, 29/02/2012).
Numa nota de esclarecimento, em 27 de fevereiro, a Odebrecht Realizações Imobiliárias relatou que seu objetivo “foi o de referendar um importante movimento artístico, de grande representatividade na Bahia e no Brasil”. E ponderou: “Foram feitas as devidas consultas prévias ao INPI, órgão competente, e ficou constatado que não há impedimento para o uso do nome ‘Tropicália’ em um empreendimento imobiliário. Vale destacar ainda que o termo Tropicália figura como nome de vários produtos, serviços e estabelecimentos no pais. Por fim, é importante ressaltar que a OR não utilizou, tampouco sugeriu nem autorizou o uso dos nomes dos integrantes do movimento para promover o empreendimento.”
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Eduardo Santos comemora ém Angola
Foto: Jornal de Angola
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DEU NO DIÁRIO DE NOTÍCIAS (PORTUGAL)
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana atualiza este domingo(2), os resultados provisórios das eleições gerais em Angola, quando o partido no poder, MPLA, comandado pelo presidente José Eduardo dos Santos (no governo do país africano há mais de 30 anos) está prestes a ganhar a votação realizada sexta-feira por maioria absoluta.
A última atualização dos resultados provisórios da votação de sexta-feira foi feita às 19:48 de sábado, quando estavam contados 72,56 por cento dos votos, e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) liderava com 74,14 dos votos, que deixam o partido do Governo próximo de uma maioria qualificada e José Eduardo dos Santos perto de ser outra vez eleito indiretamente para Presidente da República.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) seguia em segundo lugar, com 17,8 por cento dos votos, a uma distância de mais de 2,4 milhões de votos do MPLA, quando faltavam contar 2,7 milhões de boletins.
O terceiro lugar pertencia à Convergência Ampla de Salvação de Angola — Coligação eleitoral (CASA-CE), a nova coligação de Abel Chivukuvuku, com 4,67 por cento dos votos, e o Partido da Renovação Social (PRS), terceira força política na passada legislatura, quedava-se pelos 1,82 por cento e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) nos 1,04 por cento.
O MPLA, segundo os dados provisórios da CNE, ganhava em todas as 18 províncias do país, mas em Luanda, maior área eleitoral angolana, apenas 37 por cento dos votos tinham sido contados, faltando ainda escrutinar 1,8 milhões de votos.
Na manhã de hoje, o único diário do país, o estatal Jornal de Angola, já apresenta o partido no poder desde 1975 como o vencedor com maioria absolutA.
http://youtu.be/lmrdBx-cNdk
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Para o sono e o sonho chegarem beleza, Cannonball Adderley, com o Bossa Rio, em “Corcovado”
BOA NOITE!!!
(Gilson Nogueira)