Devotos na igreja de Quintino(Rio) no dia
do santo guerreiro:Maria Olivia, do BP,no meio.
Foto Bruno Gonzalez: O Globo
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Deu em O Globo
O padroeiro oficial do Rio é São Sebastião, mas os cariocas mostraram mais uma vez que é São Jorge é um dos santos mais queridos da cidade. Desde as primeiras horas da madrugada desta segunda-feira, multidões saÃram à s ruas para celebrar o dia do Santo Guerreiro. Nas paróquias dedicadas a São Jorge do Centro e de Quintino, na Zona Norte, missas e procissões reuniram milhares de devotos durante todo o feriado. A movimentação de fiéis, vestidos de vermelho, teve inÃcio bem antes da primeira missa do dia na Igreja de São Jorge, no Centro. Por volta das 4h, uma fila de devotos começava na porta da paróquia, na Rua da Alfândega, e chegava até a Avenida Presidente Vargas.
O casal Marcelo Moraes, de 43 anos, e Andréa Carvalho, de 42 anos, chegou à igreja antes do dia clarear para homenagear São Jorge. Ele conta que há seis anos faz questão de comparecer à paróquia da Praça da República.
— Sou devoto, todo ano eu venho para agradecer todas as coisas boas que conquisto com a ajuda de São Jorge — disse Marcelo.
A enfermeira Teresinha dos Santos, moradora de Botafogo, foi pela primeira vez assistir a uma missa na Igreja de São Jorge, no Campo de Santana. Segundo ela, com a visita ela pagou uma promessa feita em agosto passado, quando voltava de uma viagem à Grécia e enfrentou muita turbulência no avião.
— Se estou viva é porque me agarrei ao santo guerreiro. O avião sacudiu muito e pensei que fôssemos todos morrer. Prometi a ele que, se me salvasse, viria assistir a uma missa em sua homenagem no dia dele — contou Teresinha.
Já a idosa Maryalba Figueiredo decidiu recorrer ao santo para lutar contra a corrupção. Ela disse que, desde que se entende por gente, é devota de São Jorge.
— Ele já curou tantos parentes meus adoentados… Por que não pedir agora para ele livrar o Brasil da corrupção? Vou rezar com toda minha força — disse Maryalba.
Com a igreja lotada, à s 5h foi celebrada a Missa da Alvorada, que contou com a participação da Banda da PolÃcia Militar e de músicos do Corpo de Bombeiros. Fogos de artifÃcio saudaram São Jorge, que do lado de fora da igreja também era homenageado por adeptos da Umbanda e do Candomblé.
Por volta das 10h, a fila de fiéis que esperam para entrar na igreja quase dá a volta completa no Campo de Santana. Missas campais estão sendo celebradas a cada uma hora em um palco montado na Praça da República, que teve o trânsito de veÃculos bloqueado nas proximidades da Igreja de São Jorge.