Raul Castro: “boa vontade” na Ilha/Público
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DEU NO PÚBLICO, DE PORTUGAL
Cuba vai libertar nos próximos dias 2900 prisioneiros, incluindo alguns indivíduos condenados por crimes políticos.
O Presidente Raul Castro fez saber que este é um gesto de boa vontade depois de ter recebido inúmeros apelos à libertação dos detidos por parte de familiares dos mesmos e de instituições religiosas.
O Presidente Castro nomeou igualmente a iminente visita do Papa Bento XVI à ilha como razão desta amnistia.
Destes 2900 prisioneiros que serão libertados, 86 são cidadãos estrangeiros, oriundos de 25 países.
“Todos eles completaram uma boa parte da sua sentença e mostraram bom comportamento”, pode ler-se no despacho governamental citado pela Prensa Latina.
O Conselho de Estado indicou que algumas das pessoas que serão libertadas estão detidas por crimes contra a “segurança de Estado”.
Sabe-se, porém, que o cidadão norte-americano Alan Gross, que cumpre 15 anos por crimes contra o Estado, não consta deste grupo de indultados. A recusa de Havana em libertar este cidadão – que teria levado computadores e equipamento de comunicações para a ilha comunista – degradou ainda mais as já de si difíceis relações entre os dois países.
Em relação à questão de os cubanos poderem viajar para o estrangeiro, o Presidente Castro disse ser ainda demasiado cedo para levantar essas restrições. O presidente disse perante a Assembleia Nacional que aqueles que pedem o levantamento urgente das restrições “estão esquecidos das circunstâncias excepcionais sob as quais Cuba vive, cercada pela política hostil do governo dos EUA”.