Novais com Temer: não deu para segurar
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Deu no portal Terra
Laryssa Borges
Direto de BrasÃlia
Acompanhado do vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro do Turismo, Pedro Novais, entregou na tarde desta quarta-feira sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff. A situação polÃtica do ministro havia se deteriorado após suspeitas de que ele teria usado recursos públicos para o pagamento de uma governanta e de um motorista para a famÃlia. De acordo com o lÃder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), a decisão foi “pessoal” e não significa que o correligionário tenha perdido apoio das bancadas do PMDB no Congresso.
De acordo com o parlamentar, Novais afirmou, ao deixar o cargo, que precisa se defender das acusações de uso irregular de recursos públicos e que não pretende paralisar o Ministério do Turismo à s vésperas da Copa do Mundo de 2014 para se dedicar a responder à s suspeitas. “Ele vai responder a todas elas (denúncias). Ele tem razão de sobra para responder a todas elas e manifestou mais uma vez essa convicção. Mas ele entende que isso vai demandar aborrecimentos, constrangimentos e tempo e não quer que o Ministério do Turismo seja penalizado ou paralisado em uma hora importante para o Brasil, com Copa do Mundo, OlimpÃadas e com o turismo brasileiro”, disse Alves, que participou na vice-presidência da República de reunião que selou o destino polÃtico de Novais no primeiro escalão do governo.
“Ele está cumprindo esta importante tarefa por decisão dele, uma decisão pessoal que o seu partido, solidário a ele, acata e respeita. Ele prefere sair em um gesto de agradecemos, reconhecemos e respeitamos”, disse o lÃder do PMDB, que relembrou, por exemplo, que Novais não teve o nome citado na Operação Voucher, da PolÃcia Federal – que prendeu 36 suspeitos de fraude convênios do Ministério Turismo por meio de emedas parlamentares.
PMDB deve apresentar nomes para sucessão
Ainda hoje, o PMDB deve apresentar opções para suceder Novais na pasta à presidente Dilma. O partido continuará com o controle do ministério e, conforme explicou Alves, a pedido de Temer, será ofertado mais de um nome de um deputado “para mostrar à presidente Dilma e ao governo que o partido tem vários qualificados”.
Denúncias
A crise começou com a deflagração da Operação Voucher, da PolÃcia Federal (PF), que prendeu, no inÃcio de agosto, 36 suspeitos de envolvimento no desvio de recursos de um convênio firmado entre o Ministério do Turismo e uma ONG sediada no Amapá.
Entre os presos estavam o secretário-executivo da pasta, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).
Dias depois, o jornal Correio Braziliense publicou reportagem que afirmava que Novais teria sido alertado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as irregularidades do ministério 47 dias antes da operação da PF, sem tomar qualquer medida. Novais negou que tivesse recebido qualquer aviso do TCU.
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