Milton Ortolan: baixa na Agricultura
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DEU NO UOL
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão do cargo na tarde deste sábado. Número dois na estrutura da pasta, Ortolan disse ter entregue a carta de demissão ao ministro Wagner Rossi em caráter “irrevogável”.
Ortolan decidiu deixar o cargo após a revelação, pela revista “Veja”, de que o lobista Júlio Fróes teria uma gravação em que ele exigia propina de 10% sobre contrato com o ministério.
Ainda segundo a reportagem, Ortolan foi responsável por levar Fróes à primeira reunião na comissão de licitação do ministério, onde o lobista teria até sala própria. Lá, segundo a revista, ele elabora editais e escolhe as empresas prestadoras de serviço da Agricultura.
Na carta de despedida, Ortolan negou as acusações e disse que terá como provar inocência.
“Repudio as informações publicadas de que sou conivente com irregularidades e desvios de recursos no Ministério da Agricultura”, disse, em nota.
O demissionário afirmou que conheceu Fróes somente quando ocorreu o processo de contratação da Fundação São Paulo (PUC-SP) pelo ministério. “Chegou a mim como sendo um representante da PUC-SP”, afirmou.
Ortolan também negou ter participado de reunião para discutir o pagamento de propina no setor de assessoria parlamentar do ministério, como diz a revista.
“Não participei e nem compactuo com ilegalidades. Tenho 40 anos de serviço público. Jamais fui acusado de conduta irregular. Sinto-me injustiçado e ofendido pelas suspeitas levantadas na reportagem”, afirma.
O ministério da Agricultura está no centro do noticiário desde que Oscar Jucá Neto, irmão do senador Romero Jucá (PMDB) e conhecido como Jucazinho, disse em entrevista que há “bandidos” na Conab, e sugeriu que o ministro Wagner Rossi participava de esquemas de corrupção.
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