Itaquerão: mentiras para bancar estadio do Corintians
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Direto da Varanda de Chico Bruno
O JOGO DO ITAQUERÃO
Quanto mais o ex-presidente Lula bate na imprensa, mas ela corre atrás dele, tal qual mulher de malandro. Ontem ela correu atrás de Lula na Bahia e hoje o fará em Pernambuco.
Enquanto isso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), desdiz a palavra empenhada com os eleitores em 2010 de que em seu governo o estado não bancaria obra de estádio de futebol para a Copa do Mundo de 2014.
Alckmin, além mentir ao eleitorado vai jogar dinheiro público pelo ralo do desperdício.
O estado vai bancar por R$ 70 milhões a instalação e desinstalação de mais 20.000 lugares no Itaquerão, o futuro estádio do Corinthians, para apenas uma partida de futebol.
Antes do anúncio oficial de Alckmin, já existia o compromisso de recursos públicos através do BNDES e da Prefeitura de São Paulo.
Aliás, foi no dia em que a Prefeitura de São Paulo oficializou R$ 420 milhões em Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento – CIDs para o estádio que o governo do Estado anunciou que viabilizará R$ 70 milhões em estruturas e arquibancadas provisórias para o jogo de abertura da Copa de 2014 se a FIFA decidir pela capital paulista.
O orçamento do estádio, que era de R$ 820 milhões, segundo divulgaram a Odebrecht, que irá construí-lo e explorá-lo, e o Corinthians agora será de R$ 890 milhões.
Membros do governo paulista criam subterfúgios, alegam que podem arrumar parceiros para bancar as estruturas provisórias.
Mais uma mentira, haja vista que a Odebrecht está auxiliando o governo do Estado a realizar a licitação para as estruturas que abrigarão mais 20 mil assentos, áreas para a imprensa e para recepção dos convidados da FIFA para a possível abertura da Copa em São Paulo.
O estádio do Itaquerão é um terreno fértil para a mentira.
Logo depois da oficialização das CIDs pela prefeitura e do anúncio de Alckmin, o presidente do Corinthians, Andres Sanches, disse outra mentira, que o estádio a ser entregue estará apto para receber a abertura da Copa ao custo de R$ 820 milhões e que será o único estádio de clube a ter dinheiro privado.
Resumo da ópera.
A verdade é que para o estádio com 48.000 assentos, o governo federal, através do BNDES, emprestará a juros subsidiados R$ 400 milhões e a Prefeitura bancará R$ 420 milhões por renúncia fiscal, que consiste na emissão dos CIDs para o Fundo de Investimento Imobiliário responsável pela construção do estádio, no caso a Odebrecht, que poderá vender esses certificados com deságio para empresas os repassarem como pagamento de IPTU e ISS.
Dessa forma, empresas que pagariam seus impostos em dinheiro para a prefeitura vão entregar os CIDs comprados à Odebrecht com deságio a municipalidade.
O prefeito Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin sustentaram durante algum tempo que o poder público municipal e estadual não entraria com um tostão na empreitada corintiana.
Agora sob a alegação que a capital paulista não pode ficar sem a abertura da Copa, o governo estadual entra com mais R$ 70 milhões para a estrutura provisória, que aumentará a capacidade do Itaquerão para 68.000 espectadores.
Ora bolas!
Quanta mentira para bancar com dinheiro público um estádio de futebol para o Corinthians.