Rio:a busca pelos soterrados
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As fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro entre a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta já deixaram pelo menos 63 mortos, além de centenas de desabrigados, segundo informações das autoridades locais. As cidades mais afetados são Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis, todas na Região Serrana. Ainda há pessoas desaparecidas e as equipes continuam os trabalhos de resgate.
O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, confirmou em entrevista à TV a morte de 54 pessoas em deslizamentos de terra. Outras 7 morreram em Nova Friburgo, incluindo uma criança; e duas em Petrópolis.
Jorge Mário disse que Teresópolis tem mais de 500 desabrigados e ao menos 15 bairros afetados pela chuva. “Essa é a maior catástrofe da história do municÃpio”, afirmou.
Em Nova Friburgo, segundo os bombeiros, uma mulher foi arrastada pela enxurrada no bairro Vila Amélia. Na rua São Roque, no bairro Alto de Olaria, o desabamento de um prédio de três andares matou uma menina, de cerca de 9 anos, e um homem, de 67 anos.
Bombeiros continuam procurando por possÃveis vÃtimas que estejam debaixo dos escombros, já que a informação de vizinhos é de que três famÃlias moravam no local. Há informações de que três pessoas estão desaparecidas. Segundo a Defesa Civil municipal, o edifÃcio está localizado em uma área próxima a encostas e as fortes chuvas que atingem o municÃpio desde a noite de terça-feira podem ter abalado a sua estrutura.
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Comentário do Bahia em Pauta:
O governador do estado do Rio de Janeiro , Sérgio Cabral, está em viagem fora do PaÃs. Portanto, pelo menos geograficamente muito distante dos riscos e padecimentos sofridos nas últimas horas pela população do estado que ele governa. Não se sabe se derramou algumas lágrimas, como no choro convulsivo que ele verteu quando da perda da grana dos “royalties” do petróleo do Pré-Sal.
“Vida que segue”, diria o mestre João Saldanha, se vivo estivesse.
“Quis governos!!!”, dizem os soteropolitanos, com olhos pregados no céu.
(Postado por Vitor Hugo Soares)
Muitos programas do rádio e televisão estão fazendo a cobertura dessa catástrofe climática. Comentários pertinentes estão sendo feitos, análises sobre a ocupação do solo desordenada, crescimento das cidades, moradias em áreas de risco. Mas apenas um, que eu tenha percebido, ressaltou que pela quantidade de chuvas que caÃram não existiria cidade que suportasse, sem que houvesse vÃtimas. Foi uma catástrofe climática. Contra as forças da natureza ainda somos pequenos e frágeis. Esse único que ressaltou a enorme quantidadede de chuva, sem precedentes, foi o Coronel Roberto Robadey, Coordenador da Defesa Civil de Nova Friburgo, registrando a informação de 300 mm de chuva em cerca de 36 horas.
Nós assistimos, mês a mês, semelhantes tragédias mesmo em paÃses desenvolvidos. Na Austrália , há dez dias atrás chuvas fortes inundaram vastas regiões daquele desenvolvido paÃs, deixando muitos mortos. Nem os Estados Unidos escapam das forças da natureza , basta lembrar de New Orleans e o Furacão Katrina.
O número de vÃtimas é de cerca de 500. Deve ser a maior tragédia climática já ocorrida no Brasil.
Podemos trabalhar , e devemos, para diminuir o risco desses fenômenos, mas simplesmente evitá-los ainda não está ao nosso, humano, alcance.
Newton Almeida http://limpezariomeriti.blogspot.com