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A música da tarde no Bahia em Pauta está postada também no Blogbar, vem, portanto, do rico garimpo do poeta paulista Luiz Fontana que a sugeriu ao BP. Vai para matar a saudade do enorme Batata, e
trazer para o BP a presença de Carlinhos Gazineu, querido vizinho da Rua do Jenipapeiro, no bairro amado da Saúde, em Salvador . Na rua morava também o nosso Gilson Nogueira, bom de texto, bom de desenho e bom de música. Que tempo!
(Vitor Hugo Soares, com agradecimentos ao poeta Fontana)
Caro VHS
Este vídeo foi publicado no Canal do Blogbar no You Tube, mas a estréia em blog é no Bahia em Pauta.
Fica aqui outra sugestão:
Do mesmo compacto duplo Batatinha & Companhia Ilimitada, publiquei “Não suje o meu caixão” de Panela e Garrafão com interpretação de Antonio Moreira.
aqui:
Batatinha, Genipapeiro, Nazaré/Saúde, Gazineu, Panela, parceiro do vivo Riachão, quanta saudade entra, agora, pelas chaminés da alma, caro Vitor, ao ler seu texto- agasalho, forrado de bondade, a nos fazer sentir o gostoso calor humano da nossa gente Bahia, nesse friosinho de inverno baiano, capaz de fazer-me dormir de janela fechada!
Como é gostoso sentir, em instantes como este, o mesmo vento que balança a palha do coqueiro vir nos dizer que a nossa rua, ainda que o progresso insista em descaracterizá-la, está, lá, do mesmo jeito, estreita, no seu formato, larga, bem larga, na sua grande função, a de abrigar e aproximar pessoas, no livre trafegar da boa-vizinhança soteropolitana. Que tempo bom, amigo, aquele, de ver Batata passar, a pé, assobiando um samba seu, vindo da Barroquinha, o grande Antonio Matos, Nininho, voltando da Tribuna da Bahia, parar para um bate-papo com meu pai, o vizinho de muro Humberto Farias, o Breque,você, seu irmão Genival, o Chico, Nelson Souza, Geraldo, meus irmãos e os seus, os Bahia,Paulinho Portela, Tonico Moleza, Nelsinho, Cauby, Tonico Anão, e muita gente mais, trocando idéias, dando exemplo de como conviver, em paz, tendo como base o prazer de morar perto. Como sinto saudade daquele tempo em que podíamos fazer da esquina da nossa rua a varanda das nossas casas, no ir e vir sem medo de ser assaltado, enquanto a chama da amizade aquecia nossos corações e iluminava o desejo de ver todos os moradores da nossa rua muito bem, com saúde, paz de espírito e aquele sorriso largo, como se todos houvessem acertado os 13 pontos na Loteca. No mais, como aconselhou-me uma amiga nova, cuidemo-nos, irmão.
Um abraço – Gilson Migué
Jenipapeiro, a rua que, como coração de mãe, tem lugar para todos. Como por milagre se alargava para ser mão, contra mão, estacionamento, calçada e passarela para seus moradores. Quantas memórias daqueles dias de despreocupação de brincadeiras e alegria! Quantas estorias guardam as pedras e suas esquinas. Gilson, meu querido, que saudade!!!!
Alô Gilson, que beleza de palavras, um refresco de memória bem legal. Batatinha, Genipapeiro e um tempo de delicadeza.
Fiquei muito comovido quando a minha amiga Delfina, me mandou esse vídeo, de 1969, eu cantando o chorinho Desengano de Batatinha, voltei no tempo, e foi muito bom. beijos em todos. Carlos Gazineu
O “garimpo” pode ser solitário
Seus frutos, no entanto, nunca são!
Especialmente quando traduzem encantos.
…portanto, siga plantando suas sementes, caro poeta, precisamos de sua maestria na arte descobrir joias no meio do pedregulho e colocalas a disposição do mundo… Esse universo da NET é muito mais fascinante do que se imagina!
Olá amigos da minha infancia. Saudades. Gostaria de ver publicado num livro, os inúmeros casos e fatos do Genipapeiro. Alguém se habilita?
Olá Tania, que maravilha saber de você através do Bahiaempauta, escreve e acesse, sempre. Forte abraço