Que ninguém se engane. Assim como no governo de Waldir Pires, em 1986 (caso Floquet, destruição de prédios escolares por vândalos etc), está em curso na Bahia, a long time, uma ação para desmoralizar o governo Jaques Wagner, unindo conservadores de direita e as forças de repressão do Estado. Estão conseguindo.

A imprensa brasileira está morta. Incapaz de um olhar por trás dos fatos, vive à reboque dos marqueteiros de toda ordem. É pautada pelos marqueteiros da política, do crime organizado, das celebridades etc. etc. etc.

Correção: VIVE A REBOQUE

A ação não surtiu efeito nasucessão municipal, onde um dos candidatos empunhou a bandeira da segurança pública, mesmo sabendo que não se tratava de questão da alçada municipal. Prosseguiu. A continuidade da ação, tudo indica, deverá ter efeitos devastadores na campanha para a sucessão estadual. Aguardem o horário eleitoral.

Para os conservadores da Bahia, que não aderiram ao governo do PT ou os que aderiram e ficaram pelo caminho, esta será uma campanha de vida ou morte. Mais quatro anos fora do poder será fatal para a sobrevivência desses conservadores. E qual seria o caminho mais rápido para a volta ao poder? A desestabilização provocada pela insegurança pública, o clima de intraquilidade nocivo a prosperidade dos negócios na provincia, ao bem-estar da classe média, maioria dos cidadãos. Neste contexto, os conservadores levam a melhor na Bahia e em qualquer lugar do mundo.

Do pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra, em entrevista à rádio Globo nesta quarta: ” As duas coisas que mais preocupam as famílias brasileiras são saúde e segurança”. Leia-se à classe média brasileira, maioria do eleitorado. Vale para a Bahia. Alias, como vão a Segurança e a Saúde Pública na Bahia atualmente?

José Serra não é um político qualquer. É sobretudo um intelectual no poder. Sabe o que faz e diz e pra onde quer ir.

Aguardem a continuação desse filme de terror neste ano, até o resultado das eleições. Mais crimes bárbaros encherão de sangue as telas de Tv, páginas de jornais e os estúdios das rádios.

Parabéns, Oriana, por sua lucidez!