Demolição: Barraqueiro chora
/img A Tarde
Promessas do prefeito João Henrique depois da passagem dos tratores e picaresta , lamento de barraqueiros e muita polícia para garantir a demolição na orla da capital baiana, uma das mais sujas e desqualificadas das grandes cidades do litoral brasileiro.
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“As barracas serão totalmente demolidas e em 22 dias a orla estará limpa para o início das obras. Depois das demolições é preciso fazer algumas reformas nas calçadas e no sistema elétrico, danificados pelos tratores”. A promessa é do prefeito João Henrique (PMDB) e foi feita na manhã de terça-feira (18) ao CORREIO, quando boa parte das 98 barracas demolidas tinha virado areia.
As obras a que o prefeito se refere são a construção de 266 novas barracas, em modelos também novos, espalhadas da praia do Farol da Barra à Ipitanga, e fora da faixa da areia da praia. Ao todo, antes da demolição das 137 barracas, eram 512 estabelecimentos entre as orlas de Paripe e Ipitanga.
Ou seja, o número de barracas seria reduzido a menos da metade, isso porque, no projeto enviado à Justiça, a prefeitura não menciona as barracas na Cidade Baixa. A decisão judicial, assim como o projeto municipal, inclui Ipitanga, apesar do trecho pertencer a Lauro de Freitas.
Custo
A construção das novas barracas vai custar R$ 18,6 milhões, segundo contas da prefeitura, fora as obras de urbanização nos passeios. Cada uma custa em média R$ 70 mil. O projeto foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira, órgão ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente, e enviado à Justiça Federal em dezembro de 2008. As novas barracas vão ficar instaladas em sua maioria no calçadão ou no canteiro central em alguns pontos da orla, como Pituaçu.
O secretário municipal de Serviços Públicos, Fábio Mota, explica que a prefeitura pretende construir as barracas por meio de parceria com cervejarias. Segundo Mota, as empresas demonstraram interesse. Em troca, elas ganhariam exclusividade na comercialização das bebidas.
Uma audiência no dia 2 de junho, na Justiça Federal, irá sacramentar o destino das barracas restantes e a viabilidade do projeto apresentado pela prefeitura. Em 2008, o juiz Carlos D‘Ávila, da 13ª Vara Federal, responsável pelo caso, já havia aceitado a proposta da prefeitura.
Comida
Mais do que uma nova cara para a orla, caso emplaque, o novo projeto vai trazer novos costumes aos soteropolitanos. São seis tipos diferentes de barracas, com tamanho variando entre 11m² e 19m². Elas terão fogão com duas ou quatro bocas e um freezer, sem cozinha industrial.
Para o presidente da Associação dos Comerciantes em Barraca de praia da Orla de Salvador, Allan Rabellato, o tamanho dos equipamentos limita o tipo de alimento que pode ser comercializado, o que comprometeria a viabilidade econômica do negócio.
“Pode ser que mude o estilo do tira-gosto”, explica Allan. Hoje a maioria das barracas funciona com 60 mesas. No novo projeto, só seriam permitidas 20 mesas. Por isso, os barraqueiros negociam a autorização para colocar 40 mesas na praia.
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LEIA INTEGRA DAS PROMESSAS DO PREFEITO JOÃO HENRIQUE (PMDB) NA EDIÇÃO IMPRESSA DESTA QUARTA-FEIRA DO CORREIO DA BAHIA.
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BAHIA EM PAUTA COMENTA: )
É recomendável anotar tudo o que está sendo prometido agora para comparar e conferir depois. Ficar atento, por exemplo, a aspectos como o da associação das cervejarias com o poder público na exploração da prometida nova orla da cidade.
Como aconselhava o célebre colunista Ibrahim Sued, é bom ficar atento, porque cavalo não desce escadas.
Muito menos em período de campanha eleitoral.
( Vitor Hugo Soares
Acho válido anotar tudo o que prometem! Mas o importante é que joão henrique está cumprindo a lei e logo vamos, finalmente, ter uma orla organizada, uma cidade bonita, como merece ser salvador! finalmente. apoio a decisão, logo tudo se resolverá e veremos o resultado.