O portal português TSF Rádio NotÃcias , divulga neste domingo,14, que autoridades de defesa da concorrência do Brasil suspeitam do envolvimento da administração da Cimpor em manobras de concertação para impedir a entrada de concorrentes no mercado de cimento do paÃs.
A responsável pela Secretaria de Direito Económico do Ministério da Justiça brasileiro, Mariana Tavares de Araujo, segundo TSF, adianou à agencia de notÃcias Lusa:«desconfiamos que pode haver uma investida conjunta por parte do Conselho de Administração da Cimpor e cimenteiras no Brasil – pelo menos Camargo Corrêa e Votorantim – para evitar a entrada de um agente não alinhado ao suposto cartel».
A alegada estratégia de acordo visa impedir a entrada do grupo brasileiro Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no mercado de cimentos do Brasil, disse Mariana Tavares de Araujo à Lusa.
«É uma estratégia que já se mostrou verdadeira nesse mercado em outros momentos», acrescentou a Secretária de Direito Económico, órgão que na passada semana anunciou a abertura de uma investigação aos grupos Camargo Corrêa e Votorantim por suspeitas de cartelização na operação de aquisição da Cimpor.
A notÃcia em TSF embra que a Votorantim anunciou no inÃcio de fevereiro a compra dos 17,3 por cento da cimenteira francesa Lafarge no capital da Cimpor, em troca de activos no Brasil. Na quarta feira, a Camargo Corrêa anunciou a entrada na Cimpor, através da compra dos 22,17 por cento que a construtora Teixeira Duarte tinha no grupo português, tendo depois anunciado a compra de mais 6,46 por cento, pertencente ado grupo espanhol Bipadosa.
Em concorrência à Camargo e Votorantim, a CSN lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre a Cimpor, que decorre até 17 de Fevereiro e que arrancou com uma proposta de 5,75 euros por ação, já rejeitada pela administração da cimenteira portuguesa.A CSN aumentou, na sexta-feira, a oferta inicial para 6,18 euros por tÃtulo, proposta a que a administração da Cimpor deverá dar resposta esta segunda-feira.
No Brasil, a Votorantim controla cerca de 40 por cento do mercado brasileiro, enquanto a Cimpor e a Camargo Corrêa detém uma cota de nove por cento cada uma.