Juiz De Sanctis: suspeição surpreende
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DEU NA FOLHA DE SÃO PAULO
MÔNICA BERGAMO
Colunista da Folha de S.Paulo
O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal, foi considerado suspeito e terá que se afastar do caso MSI/Corinthians, parceria em que o clube e a empresa são investigados por suposta lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A decisão foi tomada pela desembargadora CecÃlia Mello, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
A decisão foi tomada hoje(ontem 15) e o juiz ainda não foi notificado. Procurado pela Folha, De Sanctis se mostrou surpreso e afirmou que não poderia se manifestar. Pouco antes de atender a ligação, ele estava tomando o depoimento de uma testemunha de acusação justamente do caso Corinthians.
Os advogados que pediram a suspeição de De Sanctis, Roberto Podval, que defende Kia Joorabchian, e Alberto Toron, que defende o russo Boris Berezovski, confirmaram o afastamento. De acordo com eles, o juiz foi afastado liminarmente do caso até o julgamento final da exceção de suspeição.
De Sanctis teria perdido a imparcialidade para conduzir o processo. Um juiz substituto deve assumir o caso até que o TRF decida se De Sanctis é ou não suspeito. Em casos de afastamento, não cabe recurso. Resta ao juiz esperar o veredicto final.
Satiagraha
A atuação do juiz também é questionada no inquérito derivado da Operação Satiagraha, que investiga supostos crimes financeiros atribuÃdos ao banqueiro Daniel Dantas. A operação prendeu no ano passado o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas. Todos foram soltos depois.
Em outubro, o TRF-3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região manteve o processo com De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
O desembargador Johonsom Di Salvo, relator da ação de conflito de competência apresentada pela juÃza Silvia Maria Rocha, manteve o processo com ele até que o tribunal julgue a ação.
A juÃza recorreu ao tribunal depois que De Sanctis negou o pedido para transferir para a 2ª Vara Federal o precesso da Satiagraha.
Parceria MSI/Corinthians
A MSI chegou ao Corinthians no final de 2004 e trouxe ao clube reforços de peso para a disputa da temporada 2005, como os argentinos Mascherano e Carlitos Tevez, e os meias Carlos Alberto e Roger, entre outros.
Apesar da conquista do Nacional em 2005, a parceira e o clube sempre estiveram em rota de colisão, principalmente entre o então presidente corintiano, Alberto Dualib, e Kia Joorabchian, representante da MSI.
No dia 21 de dezembro de 2007, o time do Parque São Jorge informou que enviou notificação à MSI para formalizar a rescisão contratual entre as partes, que segundo o clube foi “consolidada, para todos os fins e efeitos de direito, desde 24 de julho de 2007”.
A nota revelava também que o clube pretendia cobrar da empresa valores que julga devidos –estima-se que a dÃvida seja de cerca de R$ 60 milhões.
Dirigentes do clube e da MSI foram processados pela Justiça Federal após denúncia do Ministério Público. Eles são acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O juiz federal Fausto de Sanctis era o responsável pelo processo Corinthians/MSI. Em novembro do ano passado, a 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) anulou por unanimidade decreto expedido por ele que determinava a prisão preventiva do iraniano Kia Joorabchian. O Supremo também estendeu a decisão ao magnata russo Boris Berezovski, e a Nojan Bedroud, ex-diretor da MSI.
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BAHIA EM PAUTA COMENTA: É como disse o sempre atento jornalista Ricardo Boechat, na manhã desta terça-feira, 16, depois da copnversa diária com a colunista Mônica Bérgamo, na Radio Band-News,FM: os ladinos , ágeis e bem pagos advogados de banqueiro e poderosos do paÃs, parece que conseguiram derrubar o portão por onde sairão pelo vão da impunidade, os principais envolvidos na emblemática Operação Satiagraha, incluindo Daniel Dantas.
A conferir
(Vitor Hugo Soares)
Fique de olho caro internauta – esta é a “senha” para a lambança geral, afastar o nobre Juiz Fausto de Sanctis e liberar geral. Definitivamente, este paÃs não tem mais solução.